"E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre." Assim o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou hoje pela manhã o número recorde de mortes no país, que já é maior do que na China, ponto de origem da pandemia. Hoje, o número total de óbitos confirmados é de 5.466 segundo o Ministério da Saúde. "Posso enumerar algumas atitudes que você poderia ter tomado e não adotou. Essa é a resposta, fazendo o que você não fez", reagiu o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), também demonstrou indignação. "Essa declaração desleal e irresponsável que proferiu há pouco, culpando governadores, não autoriza otimismo." Outras persolidades políticas, como o ex-candidato à Presidência João Amoêdo e o ex-presidente Lula criticaram a fala. O governo Bolsonaro também foi denunciado por relatores da ONU (Organização das Nações Unidas) por "políticas irresponsáveis". Num comunicado emitido hoje, eles apontaram que o Brasil deveria abandonar imediatamente políticas de austeridade mal orientadas que estão colocando vidas em risco e aumentar os gastos para combater a desigualdade e a pobreza exacerbada pela pandemia. Pela manhã, o STF (Supremo Tribunal Federal) barrou a posse de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. Ao justificar a decisão, o ministro Alexandre de Moraes lembrou que há um inquérito em curso para investigar as acusações do ex-juiz Sergio Moro contra Bolsonaro. |
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