O total de mortes por covid-19 no Brasil chegou a 5.017 hoje, e superou o número de pessoas que morreram na China pela doença, de 4.646 segundo o dado mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os países, porém, estão em momentos bem diferentes da pandemia: enquanto o primeiro caso chinês foi registrado em 31 de dezembro em Wuhan, a chegada do novo coronavírus no Brasil foi oficializado no dia 26 de fevereiro. No total, são 71.886 casos oficiais no país, segundo os dados mais recentes do ministério, com 5.385 novos diagnósticos de ontem para hoje. Segundo a pasta, ao menos 34.325 pacientes estão em acompanhamento e mais de 32.544 já se recuperaram. 1.156 óbitos seguem em investigação. Com 24.041 casos oficiais, São Paulo lidera o ranking de estados com maior incidência e já está na fase de aceleração da pandemia. A Grande São Paulo já está com 81% dos leitos de UTI ocupados e 70% em enfermarias. O percentual é considerado preocupante e pode impedir que o governo de São Paulo flexibilize a quarentena. Drama semelhante vive o Rio de Janeiro. Por conta da taxa de ocupação de leitos de UTI no Rio de Janeiro ter ultrapassado 70%, o governador Wilson Witzel afirmou que ainda é cedo para pensar em relaxar o isolamento social. Hoje, grandes cemitérios começaram obras para construir novas gavetas e tentar garantir que o sistema funerário não entre em colapso. Outros estados enfrentam situações preocupantes para lidar com o crescente número de pessoas contaminadas e de mortes, e o Amazonas enfrenta uma das situações mais dramáticas. Manaus, cujo sistema público enfrenta uma grave crise, pode ter de sepultar seus mortos em sacos plásticos devido na próxima semana por conta da sobrecarga no sistema funerário. A avaliação é da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif), que solicitou ao governo federal um avião de carga para o transporte de 2 mil urnas para a capital do Amazonas. "Se o governo não oferecer um avião para o transporte de urnas, poderemos chegar ao ponto de termos corpos jogados nas esquinas. O transporte rodoviário demora dias e a necessidade é imediata", afirmou o presidente da entidade Lourival Panhozzi. |
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