Em detalhes: no pedido de investigação, o procurador-geral Augusto Aras indicou que pretende apurar crimes que podem ter sido cometidos por Bolsonaro; também sinalizou que vai verificar se Moro falou a verdade. Na tarde de ontem, Aras foi ao Palácio do Planalto e conversou com Bolsonaro.
O que está acontecendo:45% da população quer um processo de impeachment de Bolsonaro, e 48% é contra, segundo pesquisa Datafolha. O levantamento também constatou aumento no número de pessoas que apoiam a renúncia partindo do presidente. Bolsonaro mantém o apoio de 33% dos brasileiros, mesmo após denúncias de Moro.
Bastidores: integrantes da ala militar do governo passaram a defender a escolha de Mendonça, argumentando que ele teria mais “musculatura jurídica” para o cargo. Aliados do presidente avaliam que a opção por Oliveira daria força à percepção de que o Planalto estaria atuando para ter controle sobre a Polícia Federal.
Em paralelo: Bolsonaro também nomeou Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para comandar a PF.
Contexto: Bolsonaro se preocupou com a repercussão de reportagens sobre o futuro do ministro. Guedes discorda do programa Pró-Brasil, sobre investimentos públicos na retomada econômica, gestado por outros integrantes do primeiro escalão do governo. Bolsonaro assegurou a Guedes que as medidas pensadas respeitarão o Orçamento. Ontem, o ministro disse que o programa é apenas um “estudo”.
O que foi dito: ao lado do presidente, Guedes pregou responsabilidade fiscal e negou medidas que levem ao desequilíbrio fiscal, como flexibilização do teto de gastos. “Vamos prosseguir com as reformas estruturantes”, afirmou.
Efeitos colaterais: a declaração de Bolsonaro, proferida antes do início das operações no mercado financeiro, contribuíram para que a Bolsa fechasse em alta. O Ibovespa subiu 3,86%, aos 78.238 pontos. A cotação do dólar, no entanto, atingiu novo recorde, a R$ 5,658.
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