quinta-feira, 30 de abril de 2020

O ESSENCIAL: STF impede nomeação para a PF, e Bolsonaro promete recorrer

E mais: estimativa de casos de Covid-19, congelamento de salários, surto de sarampo
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RIO, 30 DE ABRIL de 2020
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai lutar pela nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal, impedida por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Após a própria Advocacia-Geral da União, que representa a Presidência, descartar recurso, Bolsonaro afirmou ter ordenado uma contestação ao Judiciário: “Quem manda sou eu”.

O que aconteceu: Moraes atendeu a um pedido feito pelo PDT, que argumentou que a nomeação de Ramagem corroborava as acusações do ex-ministro Sergio Moro sobre a tentativa do presidente de interferir na atuação da PF. Na decisão, o ministro apontou “desvio de finalidade” na nomeação.

Bastidores: a decisão de Moraes dividiu o STF. Parte dos integrantes do tribunal avalia que o ministro levou para a Corte um problema que não era dela, inclusive abrindo brecha para que o STF voltasse a ser alvo de ataques.

Em paralelo: horas depois, o presidente do STF, Dias Toffoli, e o ministro Gilmar Mendes, compareceram à posse do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça. Na cerimônia, Bolsonaro frisou que a Constituição prevê a independência dos Poderes.

Contexto: não foi a primeira vez que o Supremo impôs limites a Bolsonaro. Ao menos cinco decisões contrariaram o presidente desde o ano passado. Os ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer também tiveram nomeações barradas pelo STF.
 
Na última terça-feira, enquanto o governo confirmava 73.553 casos do novo coronavírus no país, o alcance da pandemia seria 16 vezes maior, atingindo 1.201.686 brasileiros, segundo projeção do portal Covid-19 Brasil. O grupo reúne cientistas e universitários, cujas estimativas têm se confirmado.

A projeção considera as subnotificações — os dados oficiais dizem respeito somente aos doentes graves e mortes entre pessoas que sofreram internação — e coloca o Brasil em patamar de infecções semelhante ao dos Estados Unidos, país mais atingido pelo vírus até agora.

O que está acontecendo: o Brasil atingiu ontem 78.612 infectados e 5.466 mortes. Especialistas reafirmam a necessidade do isolamento social para conter os contágios. “Não estamos nem perto de um pico de casos de doença e morte”, afirma Domingos Alves, da USP.

Panorama: a situação do Rio se agravou com o aumento do desrespeito ao isolamento social, e o estado terá, entre meados de maio e o início de junho, mais pacientes precisando de internação do que vagas em hospitais. Não haverá respiradores para todos. As previsões foram feitas pelo secretário estadual de Saúde do Rio, Edmar Santos, que defendeu a radicalização das restrições.

Apesar do caos, a cidade do Rio tem 1.840 leitos impedidos de receber pacientes por falta de profissionais de saúde, escassez de insumos ou até por terem camas e respiradores quebrados.

A cidade de São Paulo também considera ampliar as restrições, afirma o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, em entrevista. O município registrou aumento de 200% nas mortes em cerca de dez dias e atingiu 75% de ocupação da rede hospitalar.
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Não exerce mais a Presidência quem demonstra tal desprezo pela dor do país, e já não cabe mais a esperança de que ele entenda
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Pacote a caminho: próximo a acordo, governo e Senado devem deixar profissionais da saúde de fora do congelamento de salários de servidores.
Fronteiras terrestres: a proibição à entrada de estrangeiros no Brasil por rodovias foi prorrogada por mais 30 dias.
Contas públicas: o governo federal estima rombo histórico de R$ 600 bilhões este ano, com gastos para conter efeitos da crise do coronavírus.
Ligação com o AVC: neurologistas observam aumento de casos de derrame entre pacientes jovens de Covid-19 e alertam para mudança em protocolo nos hospitais.
Outro surto: o Brasil já registrou 2.369 casos de sarampo este ano, e 19 estados têm circulação ativa do vírus.
Voltou a subir: o número de homicídios no país aumentou 8% nos dois primeiros meses do ano, quando foram registradas 7.743 mortes violentas.
Críticas à China: o STF autorizou investigação por suspeita de crime de racismo do ministro Abraham Weintraub, que será interrogado pela PF.
Queda do PIB: a economia dos Estados Unidos encolheu 4,8% no primeiro trimestre deste ano, o pior resultado desde 2008.
Medicamento: os EUA devem autorizar o uso do remdesivir contra a Covid-19, após estudo mostrar que droga reduz tempo de recuperação de pacientes.
Salas fechadas: a Academia de Hollywood vai permitir, por conta da pandemia, que filmes lançados em streaming concorram ao Oscar 2021.
Presidentes da Academia Nacional de Medicina e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde discutem as responsabilidades do presidente
Série abriu portas para outros best-sellers no mercado nacional. Fãs da saga podem visitar mostra virtual e ter aulas dignas de Hogwarts
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