A possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro indicar pessoas com relações de amizade para o Ministério da Justiça e a Polícia Federal provocou forte reação de policiais e de outros setores. A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), que reúne 2.300 policiais, divulgou carta com duras críticas às tentativas de interferência e alertando para uma “crise de confiança” e “instabilidade constante” nos trabalhos do novo diretor-geral.
O que está acontecendo: Bolsonaro cogita nomear o atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem para comandar a PF. Ramagem é próximo a Carlos Bolsonaro. Ontem, em resposta a uma seguidora sua nas redes, que disse que Ramagem é “amigo dos filhos do presidente”, Bolsonaro afirmou: “E daí? Devo escolher alguém amigo de quem?”
Bastidores: Bolsonaro pode ter de enfrentar outra crise no governo. A equipe econômica considera deixar os cargos em bloco se o Palácio do Planalto propuser uma emenda constitucional para mudar o teto de gastos, relata a colunista Míriam Leitão.
Em paralelo: políticos de esquerda articulam construção de frente ampla para defender o afastamento de Bolsonaro da Presidência. A participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um ponto de divergência nos debates.
Empresas e indústrias planejam realizar a testagem em massa de seus funcionários para retomar atividades sem risco de o ambiente de trabalho virar um foco de contaminação do novo coronavírus. Ontem, o número de infecções ligadas à Covid-19 no Brasil chegou a 61.888, e o país soma 4.205 mortes.
Em detalhes: o setor privado se mobiliza para estabelecer uma espécie de passaporte imunológico. Empresas do país devem receber cerca de 30 milhões de kits de testes entre maio e junho, segundo a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial. A quantidade pode aumentar até outubro e igualar os 46 milhões de testes previstos para serem realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Incertezas: representante da Coreia do Sul disse que ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, está “vivo e bem”, após rumores de que ele estaria em estado grave.
Futebol:volta aos treinos é viável se clubes seguirem protocolos rígidos de segurança, afirmam especialistas.
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