Bom dia!
A temporada de balanços nos Estados Unidos começa a ganhar tração com a divulgação dos resultados da Alphabet, a dona da Google, e da Tesla. Os dados saem no final do dia, logo após o fechamento do mercado.
Os balanços tech são especialmente relevantes por dois motivos. O primeiro é que as big techs comandam os principais índices de ações dos Estados Unidos. E o outro, é que as ações tech são as que puxam a valorização dos mercados acionários em 2024. Só o Nasdaq, que é o índice de tecnologia, sobe quase 20% no ano. O S&P 500 avança 16%.
Nesta manhã, os futuros do S&P 500 rondam a estabilidade enquanto o Nasdaq cede, marcando uma espécie de compasso de espera pelos dados mais relevantes. Antes de o mercado abrir, no entanto, saem os dados de Coca-Cola e GM. Isso, claro, enquanto o mundo acompanha o futuro da eleição americana com a provável indicação de Kamala Harris como candidata Democrata.
A agenda de indicadores é fraca para onde se olhe, mas, na Europa, as ações vão sendo negociadas no azul. Não há referência para o EWZ, o ETF que tradicionalmente aponta a tendência para o Ibovespa.
O mercado brasileiro pode ser pressionado pelo tombo relevante nas cotações do minério de ferro, que cedeu mais de 3% na bolsa de Dalian nesta madrugada. Ontem, a China anunciou redução nas taxas de juros para estimular a economia, o que deveria ter efeito positivo sobre commodities. No entanto, o mercado leu a decisão como um sinal de que as coisas estão piores do que esperado, causando reação negativa.
Com a queda do minério, a Vale cede quase 0,50% no pré-mercado em Nova York. O petróleo recua para o patamar do começo de junho.
Trata-se de um sinal negativo para a bolsa brasileira, fortemente dependente de preços das matérias-primas. Por outro lado, o dólar alto tende a elevar as receitas em reais das companhias do segmento, tradicionalmente exportadoras.
O noticiário doméstico brasileiro também é fraco nesta terça, e investidores devem tirar o dia para digerir as contas públicas. Ontem, o governo anunciou o relatório de receitas e despesas, confirmando o congelamento de R$ 15 bilhões no orçamento de 2024. No entanto, o rombo está em quase R$ 30 bilhões, como estimado pelo mercado. Bons negócios.
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