Bom dia!
O tédio do noticiário econômico desta segunda contrasta com a agitação esperada para esta semana. Vamos separar por temas: taxa de juros e balanços de empresas.
Na quarta, Fed e BC brasileiro promovem o tal do alinhamento de astros conhecido por Super-Quarta, quando há coincidência de calendário na decisão de taxas de juros. Há ainda decisões no Japão e no Reino Unido.
O foco, claro, está no Fed. A aposta é de que o BC americano deve manter a taxa de juros atual e indicar, pela primeira vez, que está pronto para começar os cortes a partir de setembro, como amplamente esperado pelo mercado. A notícia pode trazer algum alívio para o câmbio, já que o dólar tem ganhado força não apenas antes o real, mas frente a diversas divisas globais – um dos mais simbólicos tem sido o Iene, que motivou intervenção do BoJ no câmbio.
O Brasil suspendeu o ciclo de queda da taxa ante uma resiliência maior da inflação. E a expectativa é de que a Selic seja mantida em 10,50%. Acontece que subida do câmbio tem levado analistas a afirmar que o BC brasileiro está atualmente mais propenso a voltar a subir a Selic do que a cortá-la. Então, o que investidores realmente querem é o comunicado e a ata da reunião do Copom, quando os diretores do BC devem dar mais clareza sobre o futuro dos juros no país.
Mas essa é só a agenda macro da semana, que será coalhada de balanços de grandes companhias americanas. Amazon, Microsoft, Apple e Meta divulgam seus números entre amanhã e quinta-feira.
Na semana passada, dados decepcionantes de grandes companhias, especialmente Tesla e Alphabet, pesaram sobre Wall Street. Investidores agora temem que a persistência dos juros elevados tenham ceifado o potencial de ganhos de grandes empresas.
Mas isso tudo é assunto que começa a valer amanhã. Hoje, os futuros dos principais índices americanos voltam ao azul, a cor que predomina também na Europa. O EWZ abre estável nesta manhã, deixando investidores sem indicação para o Ibovespa.
No Brasil, o noticiário doméstico pode se sobressair em relação ao exterior. São dois dados cruciais aqui: o resultado das contas públicas do primeiro semestre e a divulgação, no final do dia, do relatório de produção da Petrobras. Bons negócios.
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