Bom dia!
A quinta-feira será marcada pela decisão do Banco Central Europeu sobre a taxa de juros da Zona do Euro. Após o BCE abrir a temporada de redução de juros antes de sua contraparte americana, agora a expectativa é de que os juros sejam mantidos no atual patamar de 3,75% ao ano. A inflação da Zona do Euro está em 2,5%, levemente acima do alvo de 2%.
Sem uma mudança na "Selic" europeia, as atenções se voltam para a entrevista coletiva concedida pela presidente do BCE, Christine Lagarde. Ali investidores tentarão pescar indicativos para saber se o próximo corte virá em setembro, quando o Fed deverá começar o seu ciclo de afrouxamento monetário.
As bolsas europeias lidam bem com a expectativa e avançam após dias negativos. Os futuros dos principais índices americanos também sobem após o tombo no setor de tecnologia.
A verdade é que, apesar do receio legítimo sobre o futuro do mercado de semicondutores em um mundo polarizado entre China e Estados Unidos, o setor tech está em suas máximas históricas, bombado pela expansão da inteligência artificial.
A TSMC, taiwanesa fabricante de chips para Apple e Nvidia, um alvo dessa guerra fria, registrou aumento no lucro e elevou suas projeções de faturamento para o ano. O anúncio ajuda na recuperação dos papéis do setor, isso após a pancada da véspera.
O Brasil segue na mesma toada. O EWZ mostra que o Ibovespa deve continuar sua jornada de alta nesta quinta. O índice precisa avançar 0,43% para retomar o patamar simbólico de 130 mil pontos, visto pela última vez em fevereiro.
Enquanto a bolsa avança, impulsioanda pelo retorno de capital estrangeiro a B3, dólar e juros vão refletindo a baixa tolerância da Faria Lima a qualquer declaração do presidente Lula que desvie daquilo que investidores esperam. A moeda americana subiu 1% ontem.
Na pauta do dia, Simone Tebet concede entrevista a canais oficiais do governo, e deve falar sobre cortes de gastos. Mais importante é a reunião que ela, Haddad e Dweck terão com o presidente Lula, para discutir o Orçamento. Aí sim saberemos o tamanho do corte de gastos que o governo está disposto a implementar – a única preocupação atual da Faria Lima. Bons negócios.
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