Ibovespa acumula 12 dias de baixa; dados da China podem voltar a animá-la. Bolsa reage ao ambiente externo, com temores sobre a fraca economia chinesa, além das tensões sobre o rating dos bancos americanos e a possibilidade de o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) voltar a subir os juros americanos. O que poderá animar hoje a Bolsa são as notícias da China, com o governo podendo agir para ajudar no crescimento deste ano. Por aqui, a agenda vem bem fraca. Investidores acompanham a divulgação do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), que caiu 0,13% em agosto. Com esse resultado, o índice acumula variação de -5,32% no ano e de -7,37% em 12 meses. Diretores do BC se reúnem; Campos Neto dará entrevista. No campo corporativo, mercado fica atento à reunião de diretores do BC com economistas do Rio. Hoje ainda será transmitida ao vivo uma entrevista de Roberto Campos Neto ao Poder360, às 11h30, e haverá a repercussão do encontro do presidente Lula e do presidente da Câmara, Lira, ontem à noite, para fechar a reforma ministerial. Nos EUA, futuros estão em alta; ata do Fomc afasta recessão mas vê inflação acima da meta. Os futuros reagem em parte às perdas de ontem. A ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) afastou uma recessão em 2023, apesar de projetar uma pequena alta na taxa de desemprego. O Fed vê a inflação desacelerando nos próximos anos, mas ainda acima da meta. A ata não deixou claro os próximos passos do Fed, já que mantém o discurso de acompanhar de perto cada indicador, e a decisão será pautada em cada reunião. Com isso, a ata resgatou as chances de um aumento adicional da taxa de juros este ano. Recentemente, foi divulgada a produção industrial, que ficou acima do consenso, com alta de 1,0% em julho de 2023, mostrando possíveis pressões inflacionarias. Grande parte do mercado, após a divulgação da ata, projeta mais um aumento de 0,25% na decisão do Fomc de 1º de novembro. Dados do seguro desemprego dos EUA também estão no foco. Na agenda de indicadores, hoje teremos a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego. Os investidores também devem continuar acompanhando as divulgações dos resultados corporativos. Na Europa, as bolsas exibem sinal negativo. A ata do Fed é citada como motivo para a pressão sobre as ações, em meio a estimativas de analistas de que a política monetária global pode ficar apertada por mais tempo. Além disso, a agenda do dia reserva poucos indicadores, trazendo apenas a divulgação da balança comercial da Zona do Euro. Esta registrou superávit comercial, mas com queda nas exportações e exportação em junho em relação a maio. O superávit comercial foi de 12,5 bilhões de euros em junho, revertendo o déficit do mês anterior. Houve, porém, queda de 0,5% nas exportações e de 5,6% nas externas ante maio. Na Ásia, as bolsas não tiveram sinal único. A Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,43%, e a de Shenzhen subiu 0,85%. Em Tóquio, o índice Nikkei registrou baixa de 0,44%. Os mercados continuam pressionados devido à perspectiva de um maior aperto do Federal Reserve (Fed), após o banco central americano ter publicado a ata de sua última reunião de política monetária. Enquanto isso, internamente, os investidores dão menos peso às perspectivas mais fracas para a economia e mantiveram o foco na esperança de mais estímulos oficiais por parte do governo chinês. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,01%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 0,23% em Seul, atingindo o nível de fechamento mais fraco desde 18 de maio. A piora na perspectiva econômica para a China é apontada como uma das causas para uma fraqueza recente no mercado sul-coreano. Em Taiwan, o índice Taiex foi na contramão da maioria e subiu 0,42%. No corporativo, a Eletrobras pode ser responsabilizada por apagão. A falha técnica aconteceu em uma linha de transmissão da Chesf, subsidiária da empresa. Um relatório preliminar do ONS (Operador Nacional do Sistema) indicou que houve um erro de programação que não permitiu que o sistema se protegesse como deveria. O problema ocorreu na linha Quixadá-Fortaleza, no Ceará. A rede parou de funcionar como se estivesse reagindo para se proteger de uma sobrecarga. A empresa comunicou ao ONS que o problema já foi resolvido. Equatorial Energia vai reajustar tarifa em 11,07%. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou o resultado definitivo da 6ª Revisão Tarifária Periódica da Equatorial Pará. O efeito médio para o consumidor será um reajuste de 11,07%, sendo 15,79% na alta tensão e 9,89% na baixa tensão. A nova tarifa será aplicada a partir de hoje, com efeito retroativo à data de aniversário do processo tarifário, de 7 de agosto. ********** Veja como foi o fechamento de dólar, euro e Bolsa na terça-feira (15): Dólar: +0,43%, a R$ 4,987 Euro: +0,42%, a R$ 5,438 B3 (Ibovespa): -0,55%, a 116.171,42 pontos ********** NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS A taxa Selic caiu de 13,75% para 13,25%. O corte já era esperado, mas a magnitude pegou o mercado financeiro de surpresa. A ata da reunião aponta que devem vir mais cortes de 0,5 ponto percentual nos próximos encontros. É a primeira vez em seis meses que o investidor pode lidar com menos incertezas em relação ao cenário futuro dos juros. Na newsletter UOL Investimentos, você fica sabendo se deve mudar os investimentos. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir você Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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