Thiago Brennand, 43, mal sabia, mas, quando fugiu do Brasil em setembro de 2022, despediu-se de um estilo de vida muito singular. Uma rotina intensa que, segundo acusações, incluía jogos de sedução, jantares em restaurantes badalados, intimidação via armas de fogo e chantagens com violência sexual. Réu em ao menos nove processos, incluindo casos de estupro e agressão, o herdeiro de uma das famílias mais ricas de Pernambuco passou sete meses em um hotel de luxo nos Emirados Árabes até ser preso em 4 de abril, quando foi trazido de volta ao Brasil. Ele está detido desde então no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, zona oeste da capital paulista, e espera pelos julgamentos. O TAB teve acesso a 11 processos envolvendo Thiago Brennand. O material tem 6.872 páginas e reúne boletins de ocorrência, interrogatórios, prints de mensagens, um parecer psicológico de perícia criminal e relatos de testemunhas e informantes, além de funcionários e ex-funcionários dele. Brennand costumava cortejar e agendar encontros com belas modelos, misses e influenciadoras. Suas ações seguiam um certo método. Elas eram levadas a restaurantes, como o francês Bagatelle e o japonês Nakka, e convidadas para um andar que Brennand ocupava no Staybridge Suítes, hotel no Itaim Bibi, zona sul da capital paulista, ou para a mansão que tem em Porto Feliz (SP). Na casa, ladeada por frondosas árvores, era cumprido um "ritual" - termo citado em um dos trechos dos processos. Primeiro, ele fazia um "tour" pela propriedade. Depois, instalava aos poucos um clima de intimidação. "Thiago usava arma de fogo todo o tempo, como se fosse[m] óculos. Ele deixava junto ao corpo, ao lado, na cama, nos objetos, sempre", declarou um denunciante LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO UOL PRIME Reportagem de Mateus Araújo e Juliana Sayuri, do TAB |
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