Não tem testagem em massa para a covid, nem vacinação acelerada, nem vacinas sufientes. Tem mortes em número bem alto e novas variantes. Pelo jeito, também vai ter Copa? Copa América, a partir de 13 junho. O evento deve se transformar em uma verdadeira bomba-relógio para que essa nova onda chegue de forma mais rápida, transmissível e letal, segundo especialistas ouvidos pela repórter Carolina Marins. Pode-se dizer que ia ter na Argentina. Mas eles foram sensatos e decidiram passar a vez, devido ao agravamento dos casos. Não estamos nada melhor que a Argentina em questão de pandemia. Se rolar a competição aqui, entrarão no Brasil atletas de Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela, que deverão circular ao menos em Brasília e por estádios do Nordeste. Além disso, a organização quer realizar as partidas finais em São Paulo e no Rio de Janeiro, estados com alguns dos piores índices do país. Do ponto de vista epidemiológico, aumenta muito o risco de a gente ter mais cepas, mais pessoas infectadas, até pessoas mais jovens infectadas. As variantes são outro problema. O país abre as portas para o aparecimento de várias cepas ou até para a propagação de outras. Mais de 30 países das Américas já registraram a circulação de ao menos uma das quatro variantes de preocupação do mundo. As medidas de "sedes bolhas", jogos sem público e vacinação das comissões técnicas não impedem a transmissão. E ainda corremos o risco de ver cenas lamentáveis de jogadores flagrados desrespeitando a concentração e frequentando festas clandestinas.
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