Já falamos antes, mas é sempre bom repetir: a vacinação é a única forma de evitar mais mortes pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) e começar a retomar a vida do jeito que era. E não custa reforçar: vacinas são seguras, e todas as que foram autorizadas pela Anvisa são eficazes para deter o vírus. Mesmo com tanta informação sendo divulgada, no entanto, algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre a eficácia e segurança dos imunizantes —muitas vezes influenciados por notícias falsas que circulam nas redes sociais ou até mesmo pelo famoso "eu ouvi dizer". Uma questão que tem sido bastante frequente é: "Se as vacinas funcionam, por que tem gente adoecendo e até morrendo após tomar a segunda dose?" Primeiramente, é preciso entender que as vacinas disponíveis atualmente no Brasil que exigem duas doses (CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer) conferem maior proteção contra a covid-19 cerca de 14 a 20 dias após da aplicação da segunda dose. Ou seja, se a pessoa "pegou o coronavírus" antes desse tempo, a resposta para a dúvida está aí: ela ainda não estava totalmente imunizada. Mas e quem ficou doente mais de 20 dias depois da segunda dose? Bem, nenhuma vacina protege 100% —e isso vale também para outras vacinas, não só a contra a covid-19. As imunizações contra a covid-19 não evitam que a pessoa contraia o coronavírus, mas evitam que ela desenvolva casos graves, que exigem hospitalização e causam mortes. Infelizmente, mortes após a segunda dose também acontecem. Mas isso não diminui a eficácia e a segurança da imunização e precisamos avaliar individualmente o que levou a essa fatalidade. Há muitos, muitos fatores mesmo que precisam ser analisados para compreender por que essa pessoa morreu. Não dá para simplesmente "culpar a vacina". A vacina é a principal arma para nos proteger das formas graves da covid-19, mas não dispensa outros cuidados. A pandemia é um problema coletivo, combatido por uma vacinação que também precisa ser coletiva. Ou todos se imunizam o quanto antes para controlarmos a covid-19, ou ninguém terá paz tão cedo e essa doença continuará trazendo tristeza para muitas famílias.
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