Esta newsletter traz um resumo gratuito de conteúdo do UOL Economia+. Assinantes têm acesso à versão integral, com mais orientações. O Banco Central voltou a elevar a taxa de juros no Brasil, que estava em queda desde outubro de 2016. Depois de bater na mínima histórica de 2%, em agosto do ano passado, a taxa Selic passou a subir em março deste ano, chegando a 4,25%, em junho. As projeções feitas por mais de cem analistas de mercado para o Boletim Focus apontam que essa taxa de juros vai subir mais, até pelo menos 6,5% ainda neste ano. Como a Selic é a principal referência de muitas aplicações de renda fixa bastante populares entre investidores brasileiros -como caderneta de poupança, título Tesouro Selic e Fundos DI-, esse movimento vai mexer com os ganhos desses investimentos. Quando vale aumentar renda fixa nas aplicações?Gestores de recursos dizem que a decisão de revisar a carteira de investimentos por causa da alta da Selic depende do perfil de cada investidor e dos objetivos do dinheiro aplicado. Reserva de emergência: o dinheiro aplicado para reserva de emergência, ou seja, para cobrir despesas inesperadas, deve continuar na renda fixa mais segura e que oferece maior liquidez. Assim, a parte das aplicações que está em poupança, Tesouro Selic ou Fundos DI pode permanecer lá. Aplicações de longo prazo: já aquela parte da carteira de investimentos que está sendo investida com objetivos de mais longo prazo, acima de cinco anos -para compra de um bem como imóvel, para um curso ou viagem ao exterior, ou para a aposentadoria mesmo- pode ser ajustada para acomodar esse novo cenário de juros em alta. Mas isso depende do perfil do investidor, apontam consultores financeiros. - Investidor conservador: esse aplicador já tem sua carteira totalmente alocada em renda fixa porque não tem estômago para riscos no mercado financeiro. Então, nesse caso, não há ajustes na carteira entre renda fixa e renda variável.
- Investidor moderado: o aplicador que não gosta de correr muitos riscos pode aproveitar esse momento para aumentar a posição de renda fixa na carteira de investimentos de longo prazo. Nesse caso estão pessoas que têm no máximo cerca de 20% da carteira em renda variável.
- Investidor mais perto da aposentadoria: essa avaliação vale especialmente para o aplicador que está mais perto do momento de usufruir do capital que está aplicado. Mesmo o investidor mais arrojado -aquele que tem mais de 20% aplicado na Bolsa, em fundos imobiliários ou mesmo fundos multimercados que assumem mais riscos- mas que está perto de começar a usar o dinheiro investido pode aproveitar esse momento para reduzir a parte de renda variável e colocar o resultado das vendas na renda fixa.
- Investidor arrojado ou longe de sacar aplicação: o investidor que aceita assumir mais riscos de olho no maior potencial de rentabilidade, aquela pessoa que aceitou colocar mais de 25% de suas aplicações em produtos como ações, fundos imobiliários, BDRs, ETFs- a alta de juros neste momento não justificaria mudanças na fatia da renda fixa na carteira.
Veja aqui em detalhes o que muda na renda fixa com a alta da Selic e como fazer ajustes na sua carteira, segundo profissionais do mercado financeiro. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. Ela pode ser respondida no programa semanal Papo com Especialista, para assinantes do UOL Economia+. Assista ao vivo todas as quartas-feiras, às 12h30, ou reveja os programas transmitidos.
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