Senadores ingressaram ontem com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal contra o presidente Jair Bolsonaro pelo crime de prevaricação. Segundo a colunista Thaís Oyama, os parlamentares poderiam ter endereçado o pedido diretamente à Procuradoria-Geral da República (PGR), mas preferiram dirigir-se primeiro à Suprema Corte com o objetivo de "dar um calor" em Augusto Aras. No entanto, desde que foi nomeado por Jair Bolsonaro, Augusto Aras só fez o que o presidente quis. Agora, senadores da CPI da Covid, entre eles o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), querem que Aras ofereça denúncia contra o ex-capitão pelo crime de prevaricação. Os parlamentares se referem à inação de Bolsonaro diante da apresentação, feita por aliados, de indícios de irregularidades no processo de compra da vacina indiana Covaxin. Para Thaís Oyama, a iniciativa dos senadores não deve ter qualquer consequência jurídica para Bolsonaro e pode acabar beneficiando o presidente no campo político. Isso porque, ao jogar o caso Covaxin para a esfera da Justiça, a CPI dá o pretexto que faltava ao presidente da Câmara, Arthur Lira, para ignorar os próximos pedidos de impeachment que aterrissarão em sua mesa. Na newsletter Olhar Apurado de hoje, trazemos uma curadoria com os pontos de vista dos colunistas do UOL, que acompanham de todos os ângulos a repercussão do noticiário. |
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