sexta-feira, 28 de maio de 2021

Resumo VEJA: Coronavírus

As principais informações sobre o impacto da pandemia no Brasil e no mundo
 
Abril Comunicações
 
 
Até o momento, a pandemia do novo coronavírus já deixou 169.021.406 contaminados e 3.512.719 mortos no mundo. No Brasil são 16.342.162 contaminados e 456.674 mortos. Os dados são da Universidade Johns Hopkins.

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 1,78 bilhão. No Brasil são 65.397.577 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e de VEJA (nacional).
 
CLOROQUINA EM XEQUE
 
Desde o começo da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro apostou na cloroquina e hidroxicloroquina para tentar combater a Covid-19 no país. Mesmo após a ciência mostrar que o medicamento é ineficaz contra a doença, o governante insiste na opção. VEJA reuniu os resultados dos principais estudos feitos até hoje sobre o assunto. Foram realizadas análises randomizadas controladas duplo-cego, consideradas "padrão-ouro" no mundo das pesquisas clínicas, com milhares de pessoas de todo o planeta. Em todos eles ficou concluído que o remédio tem pouco ou nenhum efeito na prevenção ou no tratamento do coronavírus.
 
ASTRAZENECA X PFIZER
 
Um mesmo mecanismo, que se provou fundamental para o sucesso da assinatura do contrato firmado entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford com a Fiocruz, acabou sendo também a origem do travamento das negociações para a compra de vacinas da Pfizer. São as chamadas emendas tecnológicas, que permitem não apenas a encomenda de produto, mas também a transferência da tecnologia. A ideia fundamental por trás do mecanismo envolve o fato de não se comprar um item, mas um processo tecnológico e emular a sua produção. A AstraZeneca aceitou o dispositivo e a Pfizer, não. As negociações foram feitas por uma secretaria do Ministério da Saúde.
 
QUANTO MAIS TESTOSTERONA, MELHOR
 
Um estudo realizado pela Universidade de Washington e publicado na revista científica Jama concluiu que baixos índices de testosterona podem estar associados a casos mais graves de Covid-19 em homens. A pesquisa analisou o material genético de 152 pessoas, sendo 90 homens. Destes, 66 apresentaram quadros graves da doença e uma taxa do hormônio de 65% a 85% menor do que os outros 24 homens que tiveram sintomas moderados do coronavírus. De acordo com pesquisadores, a taxa de testosterona em homens é considerada baixa se houver até 250 nanogramas por decilitro. Para mulheres, não houve resultados efetivos.
 
DOSE ÚNICA PARA INFECTADOS
 
Em carta publicada no jornal acadêmico EBiomedicine, cientistas recomendam que pessoas que já tiveram Covid-19 recebam apenas uma dose das vacinas da Pfizer ou Moderna – que utilizam a tecnologia RNA. O documento foi assinado por pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, Reino Unido e Itália. A publicação diz que pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus desenvolveram anticorpos capazes de proteger o paciente da doença. Dessa forma, a dose única funcionaria como um reforço, de maneira parecida como funciona a segunda dose para aqueles que não foram infectados. A dinâmica valeria para aqueles que pegaram a doença no período de um a seis meses.
 
O DRAMA DOS CASOS GRAVÍSSIMOS
 
Um dos mais conhecidos advogados do país, Sergio Bermudes, 74 anos, passou seis meses hospitalizado no ano passado em decorrência da Covid-19 e suas sequelas. Ele foi uma das primeiras pessoas conhecidas no Brasil a ter um caso gravíssimo da doença. Já em casa, ele recebeu a reportagem de VEJA para um relato exclusivo de sua luta pela sobrevivência, ao celebrar a vitória e planos luminosos para o futuro. Situações como a de Bermudes não são raras: o Brasil contabiliza milhares de diagnósticos da chamada síndrome pós-Covid, que acomete cerca de 15% dos pacientes graves e provoca complicações duradouras.
 
 
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