O colunista Jamil Chade conta hoje, numa apuração exclusiva, que juristas evangélicos do Brasil estão penando para obter um status consultivo na ONU (Organização das Nações Unidas). Essa aprovação permitiria ao grupo discursar em reuniões oficiais, organizar debates e até submeter informes em diferentes organismos. A Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos) solicitou em 2017 o status na ONU, num processo que é tradicionalmente longo. A esperança era que, nas reuniões deste ano, o acesso fosse garantido. A delegação diplomática de Cuba, o governo da Nicarágua e a China criaram obstáculos, evitando a aprovação. Após a cobrança de esclarecimentos sobre a relação entre a entidade evangélica e o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a decisão foi adiada pelo menos até o ano que vem. A entidade optou por não se pronunciar na reportagem. A relação entre a Anajure e Damares não é nova. Em 2012, em uma de suas primeiras reuniões, a Anajure prestou uma homenagem a ela, que se disse "honrada". Jamil apurou que autoridades brasileiras viam com bons olhos a iniciativa, já que o grupo poderia ser um aliado nas mudanças que o Itamaraty defende na agenda internacional em assuntos relacionados com direitos humanos, sexualidade e aspectos da política externa.
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