Diferencial de juros no Brasil e os EUA continua dando o tom nos mercados. A trajetória de alta nas taxas longas nos Estados Unidos deve afetar também os DIs futuros no mercado local, o que tende a pressionar o Ibovespa e, mais especificamente, os ativos sensíveis a juros. Em entrevista à TV Globo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que o ritmo de cortes da Selic deve seguir em 0,50 ponto percentual. Paralelamente, na política, destaque para a aprovação do projeto de lei que institui o programa Desenrola Brasil. No texto, também está incluso o limite para os juros do cartão de crédito. Hoje o mercado ainda acompanha a retomada da pauta econômica na Câmara e a divulgação dos dados sobre a produção industrial de agosto. Futuros dos principais índices das Bolsas americanas não apontam uma direção única. A tendência de alta dos juros dos títulos públicos de 10 e 30 anos vem pesando sobre o preço dos ativos de risco. Ontem (2) tivemos fortes quedas em diversos setores do mercado local, mas a valorização das principais ações de tecnologia conseguiu segurar o S&P 500. Falas de membros do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) defendendo novos aumentos dos juros, somadas aos dados econômicos que mostram uma economia resiliente, corroboram com a probabilidade de manutenção das taxas em patamares mais altos por mais tempo. Além disso, a dívida pública americana traz incertezas sobre o futuro da economia. Nesta terça-feira, os investidores aguardam por dados sobre a abertura de vagas de emprego, o discurso de um membro do Fed e números dos estoques de petróleo bruto. Bolsas europeias operam em queda, em dia sem dados relevantes. Os mercados seguem repercutindo os dados fracos da atividade econômica (PMI), que foram divulgados na véspera e trouxeram um receio de contração na região. Além disso, o aumento dos juros dos títulos públicos americanos contribui para uma maior aversão ao risco. Na Ásia, mercados fecham em baixa, em meio ao feriado na China. No Japão, o índice Nikkei caiu 1,64%, enquanto o Taiex registrou queda de 0,62% em Taiwan. Já o Hang Seng de Hong Kong despencou 2,69%, embora as ações da empresa chinesa Evergrande tenham disparado 28,13%. Vale lembrar que as negociações de papéis da companhia haviam sido suspensas após a notícia de que seu presidente, Hui Ka Yan, foi detido por suspeita de crimes ilícitos. Os mercados da China e da Coreia do Sul seguem fechados devido ao feriado da Semana Dourada. No mercado de commodities, preços do petróleo caem. O movimento é uma reação às perspectivas de que os juros mais altos em todo o mundo podem desacelerar as economias e reduzir a demanda pela commodity. Os dados sobre o estoque de petróleo nos EUA a serem divulgados hoje devem causar alguma movimentação nos preços. Petrobras recebe licença ambiental para perfurar na Bacia Potiguar. A aprovação contempla dois poços exploratórios no bloco marítimo BM-POT-17, e a perfuração está prevista para começar nas próximas semanas, após a chegada da sonda no local. Ser Educacional aprova quarta emissão de debêntures. Os pagamentos têm valor total de R$ 200 milhões e prazo de vencimento de 5 anos. De acordo com a companhia, os recursos captados serão utilizados para o alongamento da dívida. BTG Pactual compra 100% do capital social da Órama DTVM. A operação custou R$ 500 milhões, sujeitos a determinados ajustes. De acordo com o BTG, a aquisição faz parte da sua estratégia de expansão das plataformas digitais, com aumento da base de clientes e avanço na oferta de produtos e serviços para pessoas físicas. Conselho de Administração da Marcopolo anuncia pagamento de JCP. Os Juros sobre Capital Próprio equivalem a R$ 0,07 por ação. O valor deve ser pago a partir de 19 de outubro, com base na posição acionária do dia 5 de outubro. ************ Veja o fechamento de dólar, euro e Bolsa na segunda-feira (2): Dólar: +0,79%, a R$ 5,067 Euro: -0,06%, a R$ 5,311 B3 (Ibovespa): -1,29%, aos 115.056,86 pontos NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS O dólar já voltou a bater R$ 5, e os juros nos EUA não sinalizam queda no futuro próximo. Para o investidor que pensa em aplicar no exterior, o momento pode ser de oportunidade. Na newsletter UOL Investimentos, você fica sabendo quando investir lá fora pode ser uma maneira de proteger parte do seu patrimônio. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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