quinta-feira, 26 de outubro de 2023

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MOMENTO DO MERCADO
 
O Ibovespa opera em alta de 0,7% até o meio do dia. O movimento é impulsionado pela divulgação do IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial do país, que desacelerou de 0,35% para 0,21% em outubro. No cenário externo, a guerra entre Israel e Hamas continua gerando cautela no mercado. Nos Estados Unidos, os rendimentos dos títulos públicos continuam a avançar com a perspectiva de que os juros continuarão elevados por tempo prolongado. Essa percepção aumentou após a divulgação do PIB americano, que avançou 4,9% no terceiro trimestre de 2023 na taxa anualizada, expansão de 2,1% em relação ao segundo trimestre, aumentando o desafio do país em desacelerar a economia e controlar a inflação. O dólar é negociado próximo da estabilidade, cotado a R$ 5.
 
COMPOSIÇÃO POSITIVA
 
A prévia da inflação de outubro foi de 0,21%, mostrando desaceleração em relação ao mês anterior e em linha com as expectativas do mercado financeiro. No mês, houve deflação no preço dos alimentos e recuo no valor dos combustíveis. Porém, a alta das passagens aéreas puxou o indicador. Os bilhetes, que compõem o grupo transporte, avançaram mais de 23% no mês. Analistas afirmam que a leitura de outubro foi positiva, com núcleos controlados e desaceleração dos serviços subjacentes. "Em termos qualitativos os dados seguem benignos", afirma o economista André Perfeito.
 
MUDANÇAS NA PETROBRAS
 
O repórter Diego Gimenes entrevistou Marcelo Boragini, sócio da assessoria de investimentos Davos, para o programa VEJA Mercado desta quinta-feira, 26. O especialista avalia que as mudanças propostas pela Petrobras em seu estatuto trazem um desgaste desnecessário para a companhia. Boragini afirma que as alterações abrem espaço para a estatal pagar menos dividendos aos acionistas. Ainda segundo ele, o movimento de queda nas ações também é estimulado por uma realização dos lucros. Para não perder nenhuma edição do programa, siga o canal de VEJA no YouTube e também no Spotify.
 
DISPUTA INTERNA
 
As mudanças no estatuto da Petrobras não causaram apenas mal estar no mercado financeiro, mas também dentro do seu Conselho de Administração. Circulam na companhia mensagens nada abonadoras em referência aos conselheiros contrários às mudanças. Os alvos preferenciais são o banqueiro Juca Abdalla, chamado de "bilionário excêntrico que vai para as reuniões de metrô" , e Marcelo Mesquita, também representante dos minoritários, acusado de "não conhecer" as leis que regem o estatuto da Petrobras. O principal ponto de discórdia é o fim da vedação de indicações de executivos para a diretoria com base na Lei das Estatais, o que abre as portas para nomeações políticas na petroleira controlada pelo governo. Leia mais no Radar Econômico.
 
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