Quando você ouve falar em "vodu", no que você pensa? Talvez aquela imagem do boneco sendo espetado por alfinetes, como nos filmes e desenhos, seja a primeira coisa que vem a cabeça. Até hoje, a prática enfrenta muito preconceito por causa de ideias que foram cultivadas durantes os anos. Mas a verdade é que o vodu (que também é chamado de vudu, voodoo, vodoun ou vodum) é uma religião — e uma das mais populares no oeste do continente africano, especialmente no Benin, país considerado o "berço" dessa prática. O vodu é a religião oficial do país desde 1989. As práticas religiosas do vodu não têm relação com a "demonização", nem "rituais satânicos". A principal conexão com o sagrado no vodu é o poder da natureza e seus elementos, como a água e a terra, por exemplo. Como a historiadora Suzanne Preston Blier explica no livro "Vodu Africano: Arte, Psicologia e Poder" (em tradução livre para o português), vodu significa "a ideia de ficar perto de uma fonte de água, não se apressar na vida, ter tempo para alcançar a tranquilidade". Em Origens, um chef brasileiro no Benin, João Diamante viu de perto uma das celebrações da religião, na cidade de Cotonu. Por lá, ele descobriu como o acarajé, lá chamado de akará, tem uma forte relação com o país e o candomblé no Brasil. Assista aqui! *** PIONEIRISMO... Em entrevista exclusiva a Universa, Edilene Lôbo, a primeira ministra negra do TSE, diz não ter interesse em se tornar um exemplo para a meritocracia e que se sente na responsabilidade de abrir caminhos para outras mulheres negras no direito. "O Brasil ainda é uma sociedade excludente que não trata bem a juventude negra, as mulheres negras, sua diversidade", disse. COTAS... 20 anos após a sanção da Lei de Cotas, o Congresso aprovou a sua revisão. Entre as mudanças, a proposta passa a ampliar a reserva de vagas para os cursos de pós-graduação e inclui quilombolas nas cotas das universidades. O texto segue para a sanção do presidente Lula (PT). LIBERDADE... De acordo com o Iphan, o acarajé tem origem no Benin, na África Ocidental. Anos depois de ter chegado ao Brasil, o bolinho de feijão frito no azeite de dendê ganhou uma dimensão comercial e, logo, também passou a ser vendido com outros ingredientes, como o vatapá, o caruru e o camarão. Ecoa mostrou como o bolinho também foi peça-chave para que mulheres negras conseguissem conquistar sua própria alforria ou comprar a liberdade de outros escravizados. Leia mais. POVO DAS ÁGUAS... Ecoa também conta a história do povoado de Ganvié, no Benin, cujos antepassados fugiram da escravidão depois de decidirem viver no meio do maior lado do Benin, o Nocué. Hoje, com 40 mil habitantes, Ganvié é a maior vila flutuante africana. Veja fotos impressionantes do local. |
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