Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi o maior beneficiado de uma manobra que distribuiu R$ 1 bilhão do caixa do governo Bolsonaro para redutos eleitorais do centrão. O senador é o parlamentar que mais indicou verbas para obras de infraestrutura bancadas pelo Ministério da Defesa, segundo levantamento com base em uma tabela da pasta à qual o UOL teve acesso via LAI (Lei de Acesso à Informação). Foram R$ 264 milhões em seu nome (26% do total). A lista inclui outros 23 senadores e deputados do centrão, totalizando R$ 1,031 bilhão. A manobra foi gestada no núcleo duro do governo em 2021 e driblou decisão do STF que havia barrado o "orçamento secreto", do qual Alcolumbre era um dos principais articuladores. Para não interromper o fluxo de verbas a aliados, o governo usou recursos do caixa do Ministério da Defesa. De lá, o dinheiro foi redirecionado a municípios por meio de indicações de deputados e senadores do centrão. Tudo informal, no fio do bigode. Alcolumbre afirmou ao UOL, em nota, que "desconhece qualquer sistema paralelo de distribuição de recursos no âmbito do Ministério da Defesa" e que apoia os investimentos da pasta "seguindo os critérios legais e transparentes" (veja abaixo a íntegra da nota). A maioria dos parlamentares admitiu a indicação das verbas para as obras em seus redutos sem detalhar como isso se deu (veja aqui o que cada um respondeu). Os nomes deles e os valores dos respectivos repasses também constam da tabela que o UOL obteve via LAI. LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO UOL PRIME Reportagem de Eduardo Militão, Igor Mello, Ruben Berta, do UOL em Brasília e no Rio |
Nenhum comentário:
Postar um comentário