O que está em jogo na próxima indicação de Lula ao STF? A atual presidente do tribunal, Rosa Weber, aposenta-se em 2 de outubro, abrindo caminho para um novo ministro, o segundo a ser indicado por Lula neste seu terceiro governo. Carolina Brígido vê dois cenários: num deles, o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, seria indicado, e iria formar com Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes um trio poderoso que reforçaria o STF no jogo institucional. No outro, Lula escolheria o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, que formaria dupla com Cristiano Zanin, criando um contrapeso aos dois ministros indicados por Bolsonaro: Nunes Marques e André Mendonça. Na mesma linha de raciocínio, Josias de Souza informa que Dino se uniu a Mendes e Moraes na articulação para que Paulo Gonet, vice-procurador-geral eleitoral, substitua Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República. Wálter Maierovitch elogiou Rosa Weber que, segundo ele, nos lances finais de sua atuação no Supremo, entrou para a história ao pautar a descriminalização do aborto. Para ele, a decisão leva em conta que o tema do aborto é uma questão constitucional e fecha com chave de ouro a presidência de Rosa no tribunal. E Josias acrescenta: ao colocar na berlinda a legalização do aborto -pauta evitada pelas "togas masculinas"-, Rosa eleva o custo político que Lula terá se escolher um homem para a vaga. Carolina Brígido: Escolha de Lula para STF pode alterar equilíbrio entre os Três Poderes Josias de Souza: Dino, Moraes e Gilmar se juntam para influir na escalação de Lula Wálter Maierovitch: Rosa entra para a história e pauta aborto no momento certo Josias de Souza: Atuação de Rosa eleva custo de colocar um homem na sua vaga Leonardo Sakamoto: Para Rosa Weber, STF não atropela o Congresso ao descriminalizar aborto Carolina Brígido: STF já descriminalizou o aborto duas vezes em casos específicos |
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