| | André Fufuca substituiu Ana Moser no Ministério do Esporte | Elaine Menke/Câmara do Deputados |
| | | | Fufuca, um ministro que não quer incomodar | | André Fufuca nunca sonhou ser ministro do esporte. Jovem político de Alto Alegre do Pindaré, uma cidade de 30 mil habitantes no oeste do Maranhão, foi deputado estadual, federal, vice-presidente da Câmara e costurou apoio em Brasília para comandar um dos grandes orçamentos da Esplanada dos Ministérios. Pediu o Desenvolvimento Social, e caiu de paraquedas no Ministério do Esporte. Sem nenhum conhecimento no assunto, e sem qualquer plano de um casamento duradouro, tem buscado ouvir conselhos e dito que não pretende criar confusão durante a relação. Intervenção é palavra proibidaUm recado claro foi dado ontem (25), na abertura da COB Expo, quando, diante de um grande número de presidentes de confederações, disse que poderiam ter certeza que, com ele, não haverá qualquer tipo de intervenção no trabalho que essas entidades exercem. Não chega a ser um discurso oposto ao de Ana Moser, mas é claramente um contraponto. Ela, que conhece a fundo o esporte brasileiro, e por isso sabe de suas mazelas, vinha defendendo que quem recebe dinheiro das Loterias precisa seguir minimente plano estratégico acordado com o ministério. Os cartolas só ouviam "intervenção, intervenção, intervenção". Fufuca não quer essa dor de cabeça. Também não quer se meter, e disse aos cartolas com quem se encontrou que não vai entrar na discussão se quem está em segundo mandato (ou mais) pode ser reeleger nas eleições da virada do ciclo olímpico. O Ministério, ele disse, vai só fazer cumprir a interpretação da lei que a Justiça tiver. Por que cair de para-quedas é ponto positivo para ele?Por ser neófilo no esporte, Fufuca não tem opiniões formadas, e não esconde isso. Pelo contrário, tem se mostrado aberto a ser convencido. Um exemplo: a gestão Ana Moser vinha batendo pé que não topava pagar todos os custos dos Jogos Escolares da CBDE. Fechada com a ex-jogadora de vôlei, a porta se reabriu com Fufuca. Antes descartado, agora o JEBs 2023 pode sair. Como recebeu o ministério de "porteira fechada" — algo que Ana Moser passou longe de ter —, Fufuca tem dezenas de cargos para ocupar. Parte vai, naturalmente, para o partido, o PP, mas ele tem pedido conselhos para postos como a Secretaria de Esporte de Alto Rendimento. No futebol, Washington "Coração Valente", que é do PP e já trabalhou na CBF, é favorito. | | | Gabi durante a partida entre Brasil e Japão no Pré-Olímpico de vôlei feminino | Divulgação |
| | | | Vôlei feminino encontra forças para ir a Paris | Em um momento onde se discute saúde mental, seria obrigação de torcedores, patrocinadores e dirigentes, brasileiros e internacionais, entender se a seleção feminina de vôlei simplesmente não entrasse em quadra para pegar a Turquia. O jogo, valendo vaga olímpica, começou nem oito horas depois de o grupo acordar no Japão com os primeiros boatos sobre a morte traumática de Walewska. Não havia clima para café, almoço, preleção, nada. Mesmo assim o time entrou em quadra, entendendo que seria essa a melhor forma de homenagear a campeã olímpica, e fez um jogo digno contra a Turquia. Perdeu de 3 a 0, mas de pé. No dia seguinte, venceu a Bélgica. E, no domingo (24), carimbou o passaporte para Paris com um 3 a 2 emocionante sobre o Japão. No fim, diante de mais uma adversidade, deixou uma boa impressão, de um time que, dentro ou fora de quadra, não se entrega, que ainda tem de onde tirar forças. A protagonistaGabi foi o grande personagem da conquista, mas Thaisa, Rosamaria e Roberta também estiveram muito bem. Falta alguém que rode bolas como Gabi, mas essa jogadora parece ser Ana Cristina, que está machucada, mas não tem por que ficar fora do time de Paris. Além dela, a equipe também teve os importantes desfalques de Macris e Gattaz. E o masculino...No sábado é a vez do time masculino, que também tem desfalques importantes para jogar o Pré-Olímpico no Rio. Leal se machucou, Felipe Roque está com problemas familiares e Arthur Bento, que havia sido chamado para o lugar deles, também se lesionou. A ver se o time de Renan Dal Zotto também tem de onde buscar energia e desempenho. | | | Brasileira Ana Satila compete na canoa slalom em Tóquio | Yara Nardi/Reuters |
| | | | Olimpílulas | Um toque da jaqueta na penúltima baliza tirou de Pedro Gonçalves, o Pepê, a vaga olímpica em Paris-2024. Punido com acréscimo de 2 segundos em seu tempo na semifinal do Mundial de Canoagem Slalom, no sábado, ele terminou a competição em 25º lugar, uma acima da que precisava para já se garantir na próxima Olimpíada. Mathieu Desnos ficou em 27º, também sem o passaporte carimbado ainda. Ana Sátila, quinta no C1 e no K1, vai a Paris pela primeira prova, e abriu vaga para a irmã dela, Omira Estácia, 25ª no K1, também se classificar. As duas podem remar ambas as provas na Olimpíada, e também o caiaque cross. Pepê e Mathieu (francês casado com Ana e naturalizado) vão disputar uma única vaga pelo Campeonato Pan-Americano, ano que vem, no Rio. Competindo em casa, são muito favoritos. Quem ficar de fora ainda pode tentar uma das três vagas pelo Mundial de Cross. Mas, aí, só para competir essa prova em Paris. Wrestling - A semana também foi de Mundial no Wrestling. E o Brasil não teve campanha notável. O melhor resultado foi um oitavo lugar de Laís Nunes (62kg). Ela perdeu da japonesa Sakura Motoki e voltou para a repescagem, onde perdeu da búlgara Bilyana Dudova em luta travada, vencida pela europeia porque a brasileira foi punida por último. A competição classificava cinco atletas por categoria. Giulia Penalber deu azar de enfrentar logo na primeira rodada uma nigeriana que viria a ser medalhista de bronze. Eduard Soghomonyan perdeu na estreia para o iraniano que viria a ser campeão, voltou na repescagem, mas sofreu nova derrota. Agora, eles (e outros atletas) terão a chance de buscar a vaga pelo pré-olímpico continental, em março, no México. No ciclo passado, Laís e Eduard se classificaram assim a Tóquio. Triatlo - Na Espanha aconteceu o 'Finals' do circuito mundial, que tem peso de Mundial para o triatlo. Miguel Hidalgo, de apenas 23 anos, terminou muito bem, em sexto lugar, a menos de 30 segundos do campeão. Ele agora é o 15º do ranking olímpico, praticamente classificado. No feminino, Vittoria Lopes foi 22ª. Breaking - Na nova modalidade olímpica, a tendência é o Brasil não ter representantes em Paris. No Mundial realizado na Bélgica, os resultados foram frustrantes. Entre os homens (ou b-boys), o melhor foi Rato, em 34º, uma posição à frente de Leony. Entre as mulheres (b-girls), Mini Japa ficou em 38º e, Nathana, em 46º. São só 16 vagas olímpicas por gênero, e os brasileiros estão longe da zona de classificação no ranking. | |
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