sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Resumo VEJA: Política

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PELA PÁTRIA E PELA FAMÍLIA
 
Em uma reação feroz à iniciativa do STF de colocar na agenda temas como aborto e drogas - e, há alguns anos, a união homoafetiva - os radicais do Congresso tentam mobilizar a extrema direita para obstruir a pauta do Supremo. Conforme mostra capa de VEJA desta semana, a tropa conservadora usa dessas importantes pautas para tirar esse grupo político das cordas e manter a influência no pós-bolsonarismo. Em um país democraticamente maduro como o Brasil, vale lembrar, é preciso que essas discussões sejam feitas de forma racional e o princípio de separação entre igreja e Estado balize as reflexões sobre esses e outros temas.
 
BARROSO TOMA POSSE
 
O ministro Luís Roberto Barroso tomou posse como presidente do STF. Durante seu discurso, o magistrado defendeu o diálogo entre os poderes e, dirigindo-se a Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, disse: "Conviveremos em harmonia". Barroso também aproveitou para destacar o papel da Corte em prol de minorias, destacando não se tratar de causas "progressistas", mas da "humanidade". Ele também lembrou do 8 de Janeiro e ressaltou que, "na hora decisiva, as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo". Para a vice-presidência do tribunal, assumiu o ministro Edson Fachin.
 
MUITO BARULHO POR NADA
 
Após as Lojas Americanas anunciarem uma fraude bilionária, a PF e o MP abriram inquéritos para apurar os responsáveis, cíveis e criminais. Em outra frente, o Congresso criou uma CPI sobre o tema, que, depois de quatro meses de trabalho, terminou sem elucidar os meandros da fraude, sem ouvir nenhum nome relevante da companhia e sem indiciar ninguém. E esse não foi o único caso de frustração no Congresso. Outras três comissões encerraram seus trabalhos com resultados muito aquém da expectativa: a do MST, a da Manipulação do Futebol e a das Pirâmides Financeiras. Como é costumeiro dizer no Brasil, todas acabaram em pizza.
 
O DIFÍCIL PONTO DE EQUILÍBRIO
 
Na última década, a PGR entrou no Fla-Flu político que tomou conta do país e alternou momentos de ativismo e inação. Tal conduta chamuscou a imagem da instituição e a distanciou do seu propósito. A boa notícia é que Lula tem a chance de romper esse ciclo vicioso, uma vez que o mandato de Augusto Aras à frente do órgão terminou. A gestão teve virtudes que devem ser reconhecidas, mas também será lembrada por não ter atuado em casos relevantes. O presidente ainda não anunciou o nome indicado ao cargo, mas aliados dizem que ele busca um nome que represente o meio-termo nessa 'disputa'  e, claro, que não crie problemas para o governo. 
 
 
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