No Brasil, atenções voltadas à política e ao mercado externo. Os investidores monitoram as Bolsas globais, a economia da China e aguardam as votações no Congresso. O arcabouço já tem data para ser votado, na próxima terça-feira (22). Mas há outros projetos sem consenso, como a desoneração da folha para 17 setores e a tributação de offshore. EUA têm futuros em alta à espera da ata da última reunião do Fomc. O documento do Comitê Federal de Mercado Aberto pode fornecer novas pistas sobre a política monetária. Além disso, é aguardada a divulgação da produção industrial de julho, que mostra a força econômica do país e as chances de um novo aumento dos juros pelo Federal Reserve (Fed). Fica ainda no radar a possibilidade da Fitch rebaixar as classificações de crédito de dezenas de bancos americanos, conforme alertado ontem, provocando uma queda das ações do setor bancário. Na Europa, as bolsas operam sem uma direção única após dados econômicos. No Reino Unido, o índice de preços ao consumidor (CPI) avançou 6,8% em julho, na comparação anual, levemente acima da previsão do mercado que esperava uma alta de 6,7%. Os números da inflação, somados aos dados divulgados ontem que mostraram a força do crescimento dos salários no país, reforçam a espera de mais aperto pelo Banco da Inglaterra (BoE). Enquanto isso, os dados econômicos da Zona do Euro também foram divulgados: a produção industrial registrou avanço de 0,5% em junho, na comparação com maio, contrariando a previsão de queda de 0,7%. Na comparação anual, a produção industrial da Zona do Euro sofreu contração de 1,2% em junho, ante maio, enquanto o recuo anual havia sido de 2,5%. Além da produção industrial, o Produto Interno Bruto (PIB) da região também foi divulgado nesta manhã. O PIB cresceu 0,3% no segundo trimestre ante o trimestre anterior, em linha com a previsão do mercado. Na comparação anual, houve alta de 0,6% no PIB do segundo trimestre na zona do euro, número também esperado pelo mercado. Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa com preocupações com o ritmo da economia da China. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei teve queda de 1,46%, em Xangai a bolsa fechou em baixa de 0,82%, e a de Shenzhen caiu 0,95%. Em Taiwan, o índice Taiex caiu 0,05%. O setor financeiro permaneceu sob pressão na Bolsa japonesa, com preocupações de que custos mais altos de empréstimos podem pesar na perspectiva econômica. Continuam também as atenções quanto ao quadro econômico mais fraco da Ásia, após dados recentes virem piores do que o previsto pelo mercado, levando diversas instituições a reduzir as projeções para o PIB chinês deste ano. Outro ponto de atenção é o setor imobiliário, com empresas mostrando dificuldades em honrar suas dívidas. No entanto, os investidores continuam aguardando uma movimentação do governo chinês para dar algum incentivo econômico. Telefônica Brasil (VIVT3) anuncia aprovação da distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 265 milhões. A aprovação do Conselho de Administração representa um valor bruto de R$ 0,15982350352 por ação. O pagamento será realizado até o dia 30 de abril de 2024, com base na posição acionária de 31 de agosto de 2023. As ações da Telefônica Brasil serão negociadas "ex-juros" a partir de 01 de setembro. Petrobras (PETR4) anuncia aumento da gasolina e diesel nas refinarias. A gasolina subirá 16,2%, para R$ 2,93 por litro, e o diesel terá alta de 25,8%, para R$ 3,80 por litro. Com o reajuste, o litro do diesel ficará R$ 0,78 mais caro, e o da gasolina, R$ 0,41. Os números são de valores nas refinarias. Nos postos, eles são maiores porque incluem impostos, lucros, entre outros pontos. Segundo o presidente da companhia, Jean Paul Prates, o reajuste foi justo, já que o preço do barril do petróleo tem subido. O presidente da estatal afirmou ainda que a política de preços da companhia tem o objetivo de segurar a volatilidade — e não necessariamente o preço dos combustíveis. ********** Veja como foi o fechamento de dólar, euro e Bolsa na terça-feira (15): Dólar: +0,43%, a R$ 4,987 Euro: +0,42%, a R$ 5,438 B3 (Ibovespa): -0,55%, a 116.171,42 pontos ********** NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS A taxa Selic caiu de 13,75% para 13,25%. O corte já era esperado, mas a magnitude pegou o mercado financeiro de surpresa. A ata da reunião aponta que devem vir mais cortes de 0,5 ponto percentual nos próximos encontros. É a primeira vez em seis meses que o investidor pode lidar com menos incertezas em relação ao cenário futuro dos juros. Na newsletter UOL Investimentos, você fica sabendo se deve mudar os investimentos. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir você Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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