Chegou a vez de o Google enfrentar desafios. E os problemas vieram logo em duas frentes: de um lado, a busca, que torna a empresa o gigante que ela é; do outro, os anúncios — uma das principais fontes de renda do negócio. Este é o assunto desta semana da coluna de Carlos Affonso, em Tilt. Nos anúncios, o problema é uma ação antitruste por parte do governo americano que questiona a concentração de poder por parte das grandes empresas de tecnologia. O Departamento de Justiça alega que a Alphabet (holding do grupo que inclui o Google e outras empresas relacionadas) vem exercendo um monopólio ilegal no mercado de anúncios online. As acusações caracterizam o conjunto de serviços disponibilizados pelo Google e empresas relacionadas nesse mercado, que vão desde ferramentas para monetizar os anúncios até a seleção de que qual anúncio vai para qual site, como um monopólio que precisa ser quebrado. A ação está correndo na Justiça estadunidense, e ainda há muita dúvida no que isso vai dar. No entanto, esses são novos tempos, em que o governo Biden parece ter colocado as empresas de tecnologia no alvo — e o Google, um dos que mais receberá fogo cerrado. Já em relação à busca, o desafio atende por um nome bem popular nos dias de hoje: o ChatGPT. No mercado, há uma expectativa de que as pessoas passem a confiar nas ferramentas como o ChatGPT para obter informações sobre tudo e qualquer coisa, misturando os recursos de chatbot com o de uma ferramenta de busca. Talvez o que as pessoas sempre tenham desejado, mesmo sem saber, era um Google que conversasse com elas. Prova disso é que, apesar das respostas nem sempre serem confiáveis, o ChatGPT vive uma onda de sucesso. E isso tem feito o Google correr atrás. Pena que começou com a perna esquerda: o lançamento do Bard, o chatbot do Google, na quarta-feira (8), chegou perto de ser um fiasco. No que era para ser um anúncio oficial, Bard recebeu a pergunta: "Que novas descobertas do Telescópio Espacial James Webb posso contar ao meu filho de 9 anos?" E as respostas foram, no mínimo, imprecisas. Seja enfrentando concorrência no setor de busca (e de inteligência artificial), além de questionamentos no mercado de anúncios, o Google tem pela frente importantes desafios. E lutar uma guerra em dois fronts é sempre mais desafiador. **** CONFIRA TAMBÉM UOL CARROS DO FUTURO Toda quarta-feira, a newsletter UOL Carros do Futuro traz tendências e debates sobre as novas tecnologias da indústria automobilística. Nesta semana, a newsletter explica por que este carro movido a luz solar fracassou e levou sua fabricante à falência. Quer se cadastrar e receber o boletim semanal? Clique aqui. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário