No Brasil, mercado acompanha discussões sobre a taxação de fundos offshore. A proposta parece estar mais próxima de ser votada na Câmara dos Deputados do que o projeto que quer acabar com os JCP (Juros sobre Capital Próprio) e, por isso, recebe mais atenção dos investidores. No mais, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), deve acompanhar o mercado externo e algumas divulgações da agenda econômica local, que incluem os dados de setembro de antecedentes de emprego, o índice de atividade (PMI) do setor de serviços e os números semanais do fluxo cambial. Futuros americanos operam em queda, após dados positivos do mercado de trabalho. Os números reforçam a visão de que os juros nos Estados Unidos continuarão altos por mais tempo, levando os rendimentos dos títulos públicos americanos (Treasuries) a renovar suas máximas em 16 anos. Hoje temos a divulgação dos dados de emprego privado (ADP), do PMI de serviços, dos números de encomendas à indústria e dos dados semanais de estoques de petróleo. A semana ainda reserva mais dados do mercado de trabalho, com o relatório semanal de pedidos de auxílio-desemprego amanhã (5) e os números da folha de pagamento (payroll) na sexta (6). Bolsas europeias operam próximas à estabilidade, repercutindo novos dados da atividade. Na Zona do Euro, o PMI de serviços avançou para 48,7 em setembro, enquanto o da Alemanha subiu para 50,3, o que indica expansão da atividade econômica. O do Reino Unido caiu para 49,3, mas veio bem acima do previsto. Entre os indicadores da Zona do Euro, as vendas no varejo caíram 1,2% em agosto — recuo maior do que o previsto pelo mercado —, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) caiu 11,5% na comparação anual. Agora, os investidores locais esperam pelos dados que serão divulgados nos EUA. Na Ásia, Bolsas fecham em forte baixa, acompanhando o mercado americano. O índice Nikkei caiu 2,28% no Japão e o Kospi recuou 2,41% na Coreia do Sul. O Hang Seng cedeu 0,78% em Hong Kong, e o Taiex teve queda de 1,10% em Taiwan. O desempenho negativo acompanha o mercado americano, que ontem (3) sofreu perdas expressivas após novas sinalizações de que os juros seguirão altos. Na agenda de indicadores, tivemos o PMI de serviços do Japão, que caiu de 54,3 em agosto para 53,8 em setembro, segundo pesquisa da S&P Global. O resultado ficou acima das projeções do mercado (53,3). Já o PMI composto (que engloba o ritmo da atividade dos serviços e da indústria) retrocedeu de 52,6 em agosto para 52,1 em setembro, superando os dados preliminares (51,8). As Bolsas da China continuam fechadas devido ao feriado da Semana Dourada. Preços do petróleo têm leve queda, na expectativa pelo encontro da Opep+. Os números do estoque da commodity nos EUA, que serão divulgados ainda hoje, podem impactar as cotações ao longo do dia. EMPRESAS Ferbasa anuncia possível desdobramento de ações. A proporção será de 1 para 4 papéis da mesma espécie, sem modificação do capital social. O presidente do Conselho de Administração da companhia convocará, ainda em 2023, uma assembleia geral extraordinária para votar a proposta. Allos, antiga Aliansce Sonae, vai vender participação em shoppings. A companhia quer se desfazer de 100% de sua participação no Shopping Jardim Sul e de 43% no Bauru Shopping. O valor total das duas operações consolidadas é de R$ 444,4 milhões, que correspondem a uma cap rate (taxa de capitalização) de 7,59%. Segundo a Allos, a conclusão das transações está condicionada ao cumprimento de algumas condições usuais, incluindo auditoria e aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Petroleira 3R divulga dados preliminares da produção de setembro. A produção média diária consolidada de nove polos somou 52.618 boe (barris de óleo equivalente) no mês, alta de 16,3% frente a agosto (45.244 boe). A 3R é operadora dos Polos Potiguar, Macau, Areia Branca, Fazenda Belém, Rio Ventura, Recôncavo, Peroá e Papa Terra, e detém participação de 35% no Polo Pescada, que é operado pela Petrobras. ************ Veja o fechamento de dólar, euro e Bolsa na terça-feira (3): Dólar: +1,73%, a R$ 5,154 Euro: +1,64%, a R$ 5,398 B3 (Ibovespa): -1,42%, aos 113.419,04 pontos NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS O dólar já voltou a bater R$ 5, e os juros nos EUA não sinalizam queda no futuro próximo. Para o investidor que pensa em aplicar no exterior, o momento pode ser de oportunidade. Na newsletter UOL Investimentos, você fica sabendo quando investir lá fora pode ser uma maneira de proteger parte do seu patrimônio. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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