É a glória. A ginástica artística tem a cara da Europa e da Ásia, mesmo a presença dos Estados Unidos ou Canadá nos pódios é algo relativamente recente. Pois o Brasil chegou nesse lugar exclusivo dos campeões, dos modelos de excelência, pela primeira vez ontem com uma equipe inteira. Medalha de prata para o alto nível de seis atletas, lideradas por Rebeca Andrade e também pelo desempenho surpreendente de Flávia Saraiva. O ouro ficou com a equipe dos EUA, que tem Simone Biles, e o bronze com as francesas. Em Olhar Olímpico, Demétrio Vecchioli lembra que a prata histórica foi a 20ª medalha conquistada pelo Brasil nos Mundiais deste esporte, história que teve como medalhistas pioneiros Daniele e Diego Hypolito, Daiane dos Santos (o primeiro ouro feminino, no solo) e Jade Barbosa. Aos 32 anos, Jade está na seleção desde adolescente, e tinha dois bronzes. Agora tem a prata. O Mundial segue até domingo, na sexta (6) Rebeca e Flávia competem na final do individual geral, conjunto de provas em que Rebeca foi ouro em 2022. Leia aqui. Estiagem de primavera na Amazônia bagunça tudo. A seca extrema que a Amazônia enfrenta, com cidades decretando emergência devido à baixa histórica do nível dos rios, deve afetar também outras regiões do país, escreve Carlos Madeiro. O bioma é um regulador do clima e das chuvas no Brasil e também em países da América do Sul que sofrem influência do clima amazônico. "Tem coisas que estão aparecendo sem precedentes, como essa seca de primavera. Isso dificulta prever o que ocorrerá", afirma José Marengo, climatologista do Cemaden. Cenas dramáticas do clima extremo, de sul a norte do Brasil, mostram botos e jacarés sem água, moradores ribeirinhos sem comida, excesso de chuvas e de calor, inundações devastadoras, mortes e resgates de vítimas. Veja aqui. Solidão sem vista para o mar do Ártico. Tem gente que busca os extremos do clima, em vez de fugir do perigo. Tamara Klink, de 26 anos, filha do navegador Amyr Klink, anda às voltas com mais um feito memorável: na remota Groenlândia, acima do Círculo Polar Ártico, onde no inverno é tudo escuro, ela encara a invernagem, sozinha, dentro do barco, coisa que nenhum brasileiro fez até hoje. De outubro a maio, o mar congela por completo no Ártico. As temperaturas ficam em dezenas de graus abaixo de zero, escreve o colunista Jorge de Souza em Nossa. Em 1990, Amyr Klink passou sete meses sozinho no barco preso ao gelo da Antártida. Leia aqui sobre a aventura. Por que o tempo urge para Haddad. Fernando Haddad e outros ministros estão fazendo o que podem para o Congresso aprovar os projetos de interesse do governo na Câmara e no Senado, estão inclusive transigindo bastante, afirma José Roberto de Toledo. Mas, mesmo com os ministros cedendo, os projetos não andam na velocidade esperada pelo governo Lula. Na quarta (4), a oposição conseguiu obstruir sessões em sete comissões temáticas da Câmara. Leia aqui. Comissão aprova venda de plasma humano. Sob protestos do Ministério da Saúde, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou na quarta (4), por 15 votos a 11, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que permite a coleta e o processamento do plasma humano pela iniciativa privada. A comercialização do sangue e seus derivados é proibida pela Constituição desde 1988. O texto vai ao plenário do Senado e, se aprovado, segue para a Câmara. A ministra Nísia Trindade criticou a PEC: "O Ministério da Saúde considera um retrocesso porque coloca em pauta a comercialização do plasma, e coloca em risco um sistema que é baseado de uma forma muito positiva, a partir da Constituição de 1988, na doação voluntária. São 3 milhões de pessoas doando sangue por ano". Atualmente, 30% dos hemoderivados disponíveis no SUS são oriundos do plasma doado no Brasil e administrado pela empresa estatal Hemobrás. Nobel de Química estava dentro de casa. Em anúncio na quarta (4) que sofreu o constrangimento inédito de divulgação antecipada, por engano, o prêmio Nobel de Química foi concedido a três cientistas que criaram os chamados pontos quânticos, trazendo a abstrata nanotecnologia para o nosso cotidiano. Esses pequeníssimos cristais estão nas telas das televisões de tecnologia LED e nos exames médicos de imagem, onde as nanopartículas conseguem criar diferentes cores. A Philips e a Sony foram pioneiras no uso da tecnologia para melhorar a cor e a definição das telas de TV há cerca de 10 anos. Desde ontem têm um Nobel para chamar de seu (e R$ 5 milhões para dividirem) o pesquisador russo Alexei Ekimov, 78 anos, o norte-americano Louis Brus, 80, e o francês Moungi Bawendi, 62. Os três fizeram carreira nos Estados Unidos. |
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