sexta-feira, 20 de outubro de 2023

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MOMENTO DO MERCADO
 
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, opera em baixa de 1,03% até o meio do dia, enquanto o dólar negocia em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,05. O cenário reflete a atual cautela nos mercados globais devido ao conflito entre Israel e o Hamas, que tem impulsionado os preços do petróleo e gerado preocupações sobre o impacto na inflação global. O discurso do presidente do banco central americano, Jerome Powell, também aumentou a tensão no mercado. Powell expressou sua preocupação com a persistência da pressão inflacionária e o mercado de trabalho aquecido, sinalizando que a taxa de juros americana possivelmente permanecerá em patamares elevados por um longo período, levando o rendimento dos títulos públicos americanos a ultrapassar a marca dos 5% ao ano. No cenário interno, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é considerado uma prévia do desempenho do PIB, registrou uma queda de 0,77% em agosto, bem acima das projeções do mercado, que esperava uma retração de 0,30%. 
 
AMARELAS: DARON ACEMOGLU
 
O economista turco Daron Acemoglu, professor do renomado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e coautor do best-seller Por que as Nações Fracassam, se tornou nos últimos anos uma das vozes mais incisivas contra a desigualdade social. Para Acemoglu, os programas de distribuição de renda, como os criados nos primeiros mandatos presidenciais de Lula, cumpriram seu papel, mas não são mais suficientes. Em entrevista a VEJA, ele afirma estar desapontado com o presidente brasileiro, que não teria feito nada para impedir o domínio dos chineses sobre o Brics. "É evidente que estamos trilhando um caminho que coloca o Brics sob a influência da China, enquanto o mundo em desenvolvimento necessita de uma voz independente", diz. 
 
RISCO DÓLAR
O PARAÍSO FISCAL DA AMERICANAS
 
Os empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira transferiram parte de seus ativos, incluindo a Americanas, para uma offshore sediada em Luxemburgo chamada BRC. O movimento se deu após a unificação das operações da varejista com o braço digital da empresa, a B2W, em 2021. A BRC também controla a AB Inbev e está debaixo de outras empresas situadas em paraísos fiscais no Caribe e em Delaware, nos Estados Unidos. Ao todo, a BRC e sua subsidiária, a S-Velame, detêm 26,7% de participação na Americanas — Carlos Alberto Sicupira, por sua vez, possui 2% da empresa como pessoa física. Leia mais no Radar Econômico.
 
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