As big techs chinesas estão contratando jovens para tentar diminuir o desemprego entre as pessoas de 18 a 26 anos, um motivo de grande preocupação no governo do país. Essa "iniciativa" das empresas de tecnologia da China não aconteceu de forma espontânea. O colunista Felipe Zmoginski, de Tilt, contou como o governo age para pressionar as big techs. Tudo começou a tomar forma em 2021, quando o governo proibiu a Ant Financial, a maior fintech nacional, de abrir capital, e multou companhias como Alibaba e Tencent em bilhões de dólares. O movimento parecia querer domar as big techs, que estavam rivalizando em influência com o todo-poderoso Partido Comunista Chinês, que governa o país desde 1949. As drásticas medidas do governo resultaram cortes em massa promovidos pelas big techs e redução em seu faturamento e valor de suas ações. Agora, em aparente paz com as empresas de tecnologia, o governo chinês fez outra intervenção nas big techs, dessa vez mais sutil. Como na China as grandes empresas são obrigadas a dar assentos a representantes do governo em seu conselho de administração, neste mês, esses conselheiros "sugeriram gentilmente" que as big techs abrissem posições para jovens, diminuindo a tensão social que o desemprego causa nesta faixa etária da população. E, claro, de uma hora para outra todas as grandes empresas de tecnologia criaram vagas para jovens. Por exemplo, o grupo Tencent, baseado em Shenzhen, anunciou um programa para contratar 6.000 talentos em áreas como programação, marketing e pesquisa em inteligência artificial. Outros conglomerados tomaram atitudes parecidas. Ao que tudo indica, nenhuma empresa chinesa está disposta a ignorar as recomendações do governo local. |
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