Com discurso de inclusão e histórico de críticas à falta de representatividade nos últimos mandatos, o presidente Lula tem sido pressionado por alguns partidos, movimentos e sociedade civil para indicar uma mulher negra ao STF. O fato mudaria a história da Corte, que nunca teve uma ministra negra. Em toda a história do Supremo, desde 1891, apenas três mulheres participaram da Corte: Ellen Gracie, indicada em 2000; Cármen Lúcia, em 2006; e Rosa Weber, em 2011, que é a atual presidente e deve se aposentar nos próximos dias. A presença de homens negros também foi tímida, com apenas Pedro Augusto Carneiro Lessa, Hermenegildo R. de Barros e Joaquim Barbosa - este último o único negro a presidir o STF. Segundo o professor de direito da FVG Oscar Vilhena, em entrevista ao UOL News, Lula deve eleger um homem branco para a cadeira de Rosa Weber. "Me parece que o presidente está mais preocupado em escolher alguém que tenha a capacidade de operar dentro do Supremo em defesa do governo do que alguém que simboliza o pacto constitucional de 1988, que busca criar uma sociedade mais justa e igualitária" - Oscar Vilhena, professor de Direito da FGV Nesta semana, Lula indicou uma mulher negra para outro cargo. Marcelise de Miranda Azevedo, 49, foi nomeada para integrar a Comissão de Ética da Presidência. A jurista é natural do Maranhão e se formou em Direito em 1997 pelo Uniceub (Centro de Ensino Unificado de Brasília). Ela tem atuação em tribunais superiores e é pós-graduada em direito e processo do trabalho e em direito previdenciário. Leia mais: *** JUSTIÇA... Jurandhir Pacífico, filho de Mãe Bernadete, que foi assassinada no terreiro do Quilombo Pitanga dos Palmares, se manifestou sobre a prisão dos suspeitos do crime e afirmou que quer saber quem mandou matá-la e por quê. Jurandhir disse que acredita que outras pessoas também estejam envolvidas no crime. INSPIRADORAS 2023... O Prêmio Inspiradoras está chegando e irá contar com jurados negros renomados de diversas áreas, tais como Dandara Rudasan, ativista articuladora da Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas, Lívia Sant'Anna, promotora de Justiça da Bahia, Raull Santiago, empreendedor e ativista do Complexo do Alemão, e Regina Célia, cofundadora do Instituto Maria da Pena. O evento de premiação acontece na Casa Natura em São Paulo, no dia 16 de setembro. |
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