Olá, A inflação na zona do euro avançou 0,5% em agosto, acumulando alta de 9,1% nos últimos 12 meses, de acordo com informações da Eurostat, a agência de estatísticas europeia. O dado veio acima das já pessimistas projeções, que indicavam uma alta de 0,4% no mês e 9,0% na comparação anual. Trata-se do nono recorde consecutivo de inflação na região, e tudo indica que a alta dos preços não deve arrefecer tão cedo. Destrinchando a inflação em grupos, notamos que a energia tem sido o grande vilão em meio à recente disparada dos preços, com alta de 38,3% nos últimos 12 meses. Alimentação, álcool e tabaco também acumulam uma alta expressiva de 10,6% no mesmo intervalo. Outros segmentos, como serviços e bens industriais não energéticos tiveram variações mais contidas, subindo 3,8% e 5% no período. Aqui no Brasil e nos Estados Unidos, a inflação tem dado fortes sinais de recuo, em meio à alta dos juros e diante da gradual retomada do equilíbrio entre oferta e demanda de bens e serviços. Na Europa, por outro lado, a crise energética e a seca têm provocado uma forte alta nos preços da energia e da comida. Neste contexto, cresce a pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) para que acelere o ritmo de alta dos juros na zona do euro, mas os efeitos desse movimento são limitados. Por mais que a alta dos juros ajude a conter a alta dos preços, ela teria pouca influência sobre o custo da energia ou sobre a produção de alimentos no continente. Dessa forma, mesmo com as apostas de uma alta mais agressiva dos juros a partir da próxima reunião do BCE, a Europa deverá lidar com uma inflação elevada enquanto perdurarem a crise energética e a grave seca que assolam a região. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que têm acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): comentário sobre o atual cenário energético global e a polêmica fala do bilionário Elon Musk. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante ********** NA NEWSLETTER A COMPANHIA A newsletter A Companhia desta semana traz uma análise das ações da Ambev, que devem ser favorecidas por fatores como a Copa do Mundo e a melhora no nível de emprego no país, que pode aumentar a renda da população, elevando o consumo dos produtos da empresa. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, com análise detalhada de uma empresa por semana, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para duvidasparceiro@uol.com.br. |
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