De olho no crescimento do consumo de cafés considerados "especiais", que possuem 100% do grão tipo arábica, a Nescafé inaugurou neste mês sua primeira loja conceito, em São Paulo. Chamado de A Ventana, o espaço, na zona oeste da capital, pretende "amplificar o conhecimento sobre café de qualidade" e oferecer uma "imersão sensorial" no universo cafeeiro. Segundo Rachel Muller, diretora de cafés da Nestlé, dona da marca Nescafé, a cafeteria pretende mostrar todos os elos da cadeia de produção dos cafés. "O consumidor ficará cada vez mais exigente. É preciso, também, retomar o protagonismo para as cafeterias. Daí a certeza de que uma loja como esta dará continuidade à jornada de experimentação e aumento de repertório das pessoas rumo ao café de qualidade", diz Rachel. Inauguração foi adiada devido à pandemiaA loja é um misto de cafeteria, restaurante e bar, e funciona das 12h às 23h. A inauguração da loja estava prevista para abril, mas a data foi adiada em seis meses devido à pandemia. A ideia da marca é divulgar a linha Origens do Brasil, lançada em 2019, que oferece produtos de cafeicultores de Minas Gerais e da Bahia. Ainda não há a previsão de novas lojas, em outras cidades do país. Vendas de cafés premium cresceram em 2020Segundo a Abic (Associação Brasileira de Indústria de Café), o café está na mesa de 95% da população brasileira. Dados da Nielsen apontam que, se em 2019, o café premium estava em 3 milhões de lares brasileiros, hoje ele deve alcançar quase 5 milhões de casas no Brasil. Durante a pandemia, tanto o café torrado quanto o solúvel premium apresentaram crescimento acelerado: o primeiro cresceu 44%, enquanto as vendas do segundo subiram 80% em comparação a igual período de 2019, ainda segundo a Nielsen. "O mercado de café cresceu muito nos últimos anos, com um fluxo constante de lançamento de produtos, inovações, novas formas de preparo e de consumo. Os jovens estão consumindo mais café e estão mais interessados com o propósito da marca. Com isso, observamos que o mercado de café considerado premium aumentou 300% nos últimos quatro anos", afirma Ricardo Silveira, presidente da Abic.
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