O Brasil continua estável na primeira onda da covid-19, sem previsão de queda ou aumento significativo do número de casos a curto prazo. O caso do Brasil é único no mundo e intriga infectologistas, epidemiologistas e estatísticos. Segundo os especialistas, o país ainda está longe de superar a primeira onda. A segunda onda só ocorre depois de um primeiro pico infeccioso agudo, seguido de uma queda considerável no número de casos e mortes, chegando praticamente a zero. Subitamente, há um aumento importante dos registros, superior a 50%. É o que está acontecendo em vários países da Europa, como França, Espanha e Alemanha, que voltaram a anunciar medidas de lockdown para conter a disseminação do vírus. "No Brasil todo estamos na primeira onda ainda; tivemos uma queda, mas estabilizamos em níveis muito altos e não conseguimos baixar", diz o coordenador do projeto Covid-19 Analytics, da PUC-Rio, Marcelo Medeiros, especialista em estatísticas. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e disse que o governo federal não comprará a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, do governo paulista. "Ninguém vai tomar a tua vacina na marra não, tá ok? Procura outro. E eu que sou o governo, o dinheiro não é meu, é do povo, não vai comprar tua vacina também, não, tá ok? Procura outro para pagar tua vacina aí", disse Bolsonaro em uma live transmitida em suas redes sociais. Mas, segundo o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), "é lógico que o governo federal vai comprar doses do imunizante". "Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí", disse ele em entrevista à revista Veja, publicada hoje. |
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