Bom dia! Já ouviu falar na "política dos seios"? Pois uma das notícias mais impactantes da semana é que o Instagram mudou a tal política. Até a última quarta (28), muitas usuárias da rede social reclamavam de terem fotos em que mostravam parte do seio ou do mamilo removidas de suas páginas pessoais, sob alegação de proteção (pergunta se o mesmo acontecia com homens sem camisa?). Mas, agora, o Insta decidiu relaxar um pouquinho essas normas. A atualização da política contempla uma questão específica das postagens de fotos de pessoas gordas. "Estamos atualizando nossas políticas para evitar que imagens de corpos gordos e maiores sejam removidas erroneamente", disse o Instagram, em nota. E já que estamos falando de peitos é bom lembrar que estamos nos últimos dias do Outubro Rosa, mês da conscientização para o controle do câncer de mama (já fez seu autoexame?)—um tema importante pra ficar de olho nos outros meses também. Seja sob a ótica da exposição nas redes, da autoestima ou do autocuidado, Universa publicou ótimas reportagens sobre seios nesses dias. Quer conferir? 1. A causadora. Nyome Nicholas-Williams é o nome da modelo e influenciadora britânica, gorda e negra que causou a mudança anunciada nesta semana pelo Instagram. Ao remover conteúdo em que os seios femininos eram cobertos pelas mãos ou braços da pessoa, o Instagram também varria da rede social imagens de mulheres gordas. Foi o que aconteceu com Nyome, que mobilizou a campanha #IWantToSeeNyome, questionando o fato de suas fotos serem apagadas sem que a mesma regra fosse aplicada para mulheres magras. Sucesso! 2. Sem mamilo, com orgulho. Nessa semana, a gente também contou a história da bióloga goiana Camila de Oliveira Rotoli, que teve câncer de mama e fez uma mastectomia —que levou também o bico e a aréola do seu seio. Mas a autoestima continuou com ela, que fez um ensaio sensual para exibir o novo corpo. "Além de mostrar algo que eu acho muito bonito, resolvi alguns problemas: matei a curiosidade das pessoas que querem saber como ficou, servi de exemplo para outras mulheres e já aproveitei para mostrar para os crushes como eu sou de verdade. Sem roupa, sem surpresas", diz Camila. 3. Em nome da mãe. Aline Costa perdeu a mãe para o câncer de mama e encontrou uma maneira de ajudar mulheres que enfrentaram a doença. Ela, que é micropigmentadora, aprendeu a técnica de reconstrução da aréola do seio por meio da micropigmentação e decidiu oferecer o serviço de graça para mulheres mastectomizadas. "Entendi que era aquilo que tinha faltado para minha mãe ter a autoestima de volta. Então pensei na possibilidade de fazer isso por outras mulheres e, assim, me sentir mais perto da minha mãe." 4. Se cuide! E não pule o exame. A pandemia do novo coronavírus fez com que algumas mulheres evitassem fazer a mamografia, exame que detecta o câncer de mama e ajuda a reduzir a taxa de mortalidade pela doença em até 30%. Uma pesquisa apontou uma queda de 53% na realização do exame entre março e setembro, em relação ao ano passado, na rede pública do estado de São Paulo. "Não dá para pular este ano, porque ele existiu. No ano que vem, a gente vai conseguir notar o quanto foi devastador, porque é uma doença que já matava com o exame anual", diz Vivian Milani, médica radiologista. 5. Deixe seu peito cair. Nossa colunista Maqui Nóbrega trouxe um dado interessante pra discutir o tema "seios": o Brasil é o país que mais faz cirurgias plásticas no mundo. Entre elas, é claro, está o implante de silicone. Maqui então joga várias questões pra gente refletir: "Por que diabos a gente acha que precisa ter o peito empinado? Se os nossos seios inevitavelmente caem ao longo da vida, por que tanta mulher entra na faca pra lutar contra o movimento natural do corpo?" Como ela diz, tá na nossa mão mudar isso e conversar sobre o tema é o prímeiro passo.
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