O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez uma doação irregular em dinheiro vivo para a campanha deste ano de reeleição do filho Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) à Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Reportagem da Folha de S.Paulo consultou dados disponibilizados pelo candidato ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e apurou que o presidente fez um depósito de R$ 10 mil em espécie na conta da campanha do vereador. A prática contraria resolução do TSE sobre regras para as doações eleitorais. Segundo o tribunal, contribuições em dinheiro acima de R$ 1.064,10 só podem ser feitas mediante transferência bancária ou cheque cruzado e nominal. A regra foi criada em 2015 para evitar lavagem de dinheiro nas eleições. Transações em espécie não configuram crime, mas podem ter como objetivo dificultar o rastreamento da origem de valores obtidos ilegalmente. Quando ultrapassa R$ 10 mil, esse tipo de movimentação é comunicado automaticamente ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Carlos ainda não apresentou despesas de campanha ao TSE. Procurados, o Palácio do Planalto e o vereador não comentaram o caso. Durante a tarde de hoje, o presidente participou da cerimônia de lançamento do programa Voo Simples, no Palácio do Planalto, em Brasília. Durante o evento, ele disse ter acabado com a operação Lava Jato, porque, segundo ele, "não existe mais corrupção no governo". A Operação Lava Jato, no entanto, não foi encerrada e continua realizando investigações em cidades como Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. |
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