O Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) pediu à Corte que apure o gasto de publicidade do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e do BNB (Banco do Nordeste) em canais de YouTube mantidos por bolsonaristas investigados no STF (Supremo Tribunal Federal). A representação foi enviada pelo subprocurador Lucas Furtado, que também cobrou em abril investigações contra suposta ingerência do governo Bolsonaro na gestão de publicidade do Banco do Brasil. A presença de anúncios do BNDES e do BNB foi detectada por reportagem do jornal "O Globo", que identificou por Lei de Acesso à Informação pagamentos de publicidade a canais de investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos - alguns perfis, inclusive, eram de deputados federais aliados ao Planalto, como Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF). Os bancos alegam que os anúncios foram definidos por publicidade programática, quando os órgãos apenas informaram qual público-alvo queriam alcançar com a peça e o sistema do Google Ads inseriu os anúncios nos canais mencionados. Ainda sobre o inquérito das fake news, o ministro Edson Fachin será o relator da ação que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou na corte para tentar reverter a suspensão de contas no Twitter e no Facebook de influenciadores, empresários e políticos bolsonaristas. A decisão foi de outro magistrado, Alexandre de Moraes. Enquanto isso, a ministra Cármen Lúcia afirmou hoje que nem o Estado nem as redes sociais podem exercer censura sobre os usuários das plataformas digitais. Ela falou durante em palestra sobre "Liberdade de expressão e fake news" em congresso organizado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). |
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