O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a defender a criação de um novo imposto nos moldes da antiga CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) e testar o apoio ao tributo em eventuais tratativas com deputados e senadores. O ministro defende a simplificação tributária e a criação de um imposto sobre transações digitais, chamado de "nova CPMF", para compensar o fim da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários. Ele diz que essa é a solução para criar empregos e reduzir a informalidade. Além disso, o governo estuda que arrecadação do novo tributo também banque parte do programa Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família. Enquanto isso, na linha de frente da disputa pela criação do novo tributo, o assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, trocou farpas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e disse que ele tem todo o direito de dizer que vai votar contra o imposto, mas não pode deixar de botar o projeto em votação. Maia ironizou o nome dado de "microimposto digital" dado por Afif. "Minha crítica não é nem se é CPMF, microimposto digital ou algum nome inglês que vão inventar para ficar bonito", comentou Maia. "Minha crítica é: nós vamos criar mais um imposto para a sociedade pagar?". A comissão mista da reforma tributária marcou para a próxima quarta-feira (5) a audiência pública com Guedes para ouvir as propostas. |
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