Com exceção dos programas jornalísticos, que se mantêm em ritmo intenso, buscando retratar e explicar este momento sem precedentes que estamos vivendo, a programação das TVs abertas tem deixado a desejar. Muitas reprises e poucas novidades estão no ar.
O chamado horário nobre, na faixa noturna, é justamente o mais prejudicado. Por motivos conhecidos, alheios à vontade geral, as grandes redes de televisão têm oferecido pouca programação original.
Sugiro abaixo, para quem ainda não assistiu, três boas séries que podem ajudar a preencher o vazio na grade noturna.
Todas as Mulheres do Mundo (Globoplay): Inspirada no filme clássico com o mesmo título, de Domingos Oliveira (1936-2019), a série criada por Jorge Furtado gira em torno de Paulo (Emílio Dantas), um homem que acredita na paixão: "A paixão é o sentimento maior que Deus inventou. A paixão é o Himalaia de Deus". Cada um dos 12 episódios conta uma história independente. Com Sophie Charlotte no papel de Maria Alice, o grande amor de Paulo, Matheus Nachtergaele (Cabral) e Martha Nowill (Laura). Os primeiros três episódios estão abertos a não-assinantes.
After Life (Netflix): Escrita, dirigida e protagonizada por Ricky Gervais ("The Office"), a série mostra a luta do protagonista para superar o luto pela morte da mulher, vítima de câncer. Rabugento, sofrendo de depressão e pensando em suicídio, Tony decide que tem o direito de azucrinar a vida de todos que o cercam. Isso explica o estranho subtítulo em português ("Vocês vão ter de me engolir"). A segunda temporada, com Tony um pouco menos ácido, acaba de ser lançada. Cada uma tem seis episódios de 30 minutos. Agridoce.
McMillions (HBO): Documentário em seis episódios, relata uma fraude milionária ocorrida em uma promoção do McDonald's, nos Estados Unidos, entre 1989 e 2001. Como outras séries do tipo, inspirada por crimes reais, esta fisga o espectador com uma narrativa bem costurada, ótimos depoimentos e uma reconstituição rigorosa dos acontecimentos. O mais interessante é ver o que levou dezenas de pessoas a aceitarem o papel de laranjas no crime. |
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