Empresários, blogueiros, ativistas e políticos aliados do presidente Jair Bolsonaro foram alvo de operação da Polícia Federal, no âmbito do inquérito do Supremo Tribunal Federal que investiga fake news e ataques à Corte. Agentes cumpriram 29 mandados de busca e apreensão.
A ação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e também incluiu o bloqueio das redes sociais de ativistas e a quebra do sigilo bancário e fiscal de quatro empresários — a decisão alcança o período das eleições de 2018. O inquérito apura quem financia os ataques virtuais.
À tarde, Moraes defendeu ação rápida do Judiciário para a responsabilizar o que chamou de “milícias virtuais”, que atuam para minar a liberdade de imprensa. “São novas formas de se atentar contra a democracia, guardando o verniz eleitoral”, afirmou.
Reação: o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a suspensão do inquérito. Ele havia dado parecer contrário à operação desta quarta-feira, que foi realizada sem a participação da PGR.
Insatisfeito com a ação, Bolsonaro convocou ministros para discutir uma estratégia de reação ao Supremo.
Quem são:seis deputados federais da base de Bolsonaro foram intimados a depor. A lista de alvos da operação da PF também inclui o ex-deputado Roberto Jefferson, o empresário Luciano Hang, da Havan, o blogueiro Allan dos Santos e a ativista Sara Winter. Conheça os investigados.
O que foi dito: o vereador do Rio Carlos Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro criticaram a operação. O ministro da Justiça, André Mendonça, endossou críticas, mas defendeu a PF.
No dia em que os Estados Unidos passaram de 100 mil mortes, o Brasil se tornou o sexto país a superar a marca de 25 mil pessoas mortas pela Covid-19. O Ministério da Saúde contabiliza 25.598 óbitos, sendo 1.086 desde ontem — o terceiro dia mais letal da pandemia do novo coronavírus.
O país também ultrapassou os 400 mil contágios confirmados. Com 20.599 casos registrados nas últimas 24 horas, o país chegou a 411.821 infecções.
Em foco: epicentro da pandemia no país, São Paulo soma 89.483 casos e 6.6172 mortes. Nesta quarta-feira, o governador João Doria prorrogou a quarentena no estado até 15 de junho e anunciou plano de flexibilização das restrições à circulação, que permite a retomada de atividades na capital e em municípios do interior. A medida não é compulsória: caberá às prefeituras decidir se mantêm ou relaxam o isolamento social.
Outro olhar: 60% da população brasileira apoia o lockdown, a modalidade mais rígida de confinamento, segundo o Datafolha. No entanto, a adesão ao isolamento está em queda. Subiu para 35% o percentual de quem admite estar saindo de casa.
Especialistas em Recursos Humanos dão orientações para profissionais que adotaram o trabalho remoto durante a pandemia
Outras notícias importantes do dia
Ação travada: o governo do Rio inaugurou hospital de campanha em São Gonçalo com um mês de atraso e dez leitos disponíveis. Na unidade no Maracanã, médicos pediram demissão por falta de condições de trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário