O presidente Jair Bolsonaro levou empresários ao Supremo Tribunal Federal para defender a reabertura econômica do país. O grupo caminhou até a Corte e foi recebido pelo presidente do STF, Dias Toffoli, que se incomodou com a visita surpresa — e transmitida ao vivo nas redes sociais de Bolsonaro. Ministros do Supremo consideraram a marcha “inadequada” e uma tentativa de constranger o tribunal.
Contexto: desde o início da pandemia, Bolsonaro tem minimizado o perigo da Covid-19 e criticado as medidas adotadas por estados e municípios na tentativa de frear o coronavírus. Em decisões recentes, o Supremo garantiu a autonomia de governadores e prefeitos para estabelecerem o isolamento social e restrições à circulação de pessoas e ao transporte de veículos.
Em paralelo: o presidente disse que vai vetar a possibilidade de aumento de salário de servidores nos próximos 18 meses, medida que foi incluída no projeto de socorro a estados e municípios. O veto foi pedido pelo ministro Paulo Guedes (Economia), que acompanhou Bolsonaro na marcha ao STF.
Com 610 mortes confirmadas nas últimas 24 horas, o Brasil atingiu 9.146 casos fatais ligados à Covid-19. A pandemia do novo coronavírus já infectou 135.106 pessoas no país, que ultrapassou a Turquia e se tornou a oitava nação com mais contaminações no planeta.
O que foi dito: o ministro Nelson Teich (Saúde) voltou a dizer que a pasta pode vir a recomendar o lockdown para combater o vírus. No entanto, as novas diretrizes ainda não foram divulgadas. Cientistas têm recomendado o endurecimento das medidas.
O governo do Rio deixará para os prefeitos a decisão de adotar o lockdown, medida mais rígida contra a pandemia, nos municípios do estado. O governador Wilson Witzel afirmou que a Polícia Militar e a Polícia Civil poderão atuar na fiscalização dos bloqueios.
Como funciona: o lockdown aprofunda medidas já adotadas. O decreto limita direitos individuais, com dias e horários de circulação pré-determinados, e de propriedade, como o funcionamento do comércio. Serviços essenciais também têm de se adequar. Entenda os critérios e a importância da medida.
Depois da Covid-19, devemos nos perguntar como poderemos vencer a pobreza e o subdesenvolvimento, e conquistar a saúde e a educação para todos, o pleno emprego e o progresso social
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