sexta-feira, 6 de março de 2020

POLITICANDO: Quem ri do presidente?

E mais: O acordo com o parlamento e a carta branca à secretária
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BRASÍLIA,  06 DE março de 2020
O presidente Jair Bolsonaro durante fórum em Abu Dhabi Foto: Satish Kumar/Reuters
No palco do Alvorada
POR francisco leali
coordenador na SUCURSAL DE BRASÍLIA
Olá.

A portaria do Palácio da Alvorada, que já foi local de bravatas, insultos e outros que tais do presidente Jair Bolsonaro, instituiu-se esta semana como palco. Sob a aquiescência do titular da Secretaria de Comunicação da Presidência da República e do próprio Bolsonaro, um ator travestido de presidente da República saudou os populares que ali estavam e ofereceu bananas aos jornalistas. Repetia na literalidade um gesto que Bolsonaro já fizera figurativamente como afronta a repórteres.

Alvo de críticas por mais uma vez institucionalizar o insulto, o presidente deixou claro que ainda não entendeu o papel da imprensa. Ontem, em uma transmissão ao vivo pela internet, declarou: 

— Se a imprensa diz que eu ofendo todo dia, o que eles estão fazendo todo dia ali?

Fazendo perguntas, como fizeram os repórteres no dia em que o presidente, ao lado do humorista, preferiu rir e fazer troça da indagação sobre a queda do PIB brasileiro.

— PIB? O que é PIB? — comentou Bolsonaro, sugerindo ao ator que repetisse a pergunta aos jornalistas.

O jornalista Merval Pereira apresentou uma síntese de como se pode compreender a conduta presidencial: "Não tem noção do que seja decoro, na vida privada e na pública, nem respeita a “liturgia do cargo".
Vale a leitura:

A culpa é da Receita

O PIB minúsculo não teria surpreendido o Ministério da Economia. Segundo relato do presidente Jair Bolsonaro, os dados mostram que a economia privada está se recuperando, enquanto a estatal está retraída.

A análise de conjuntura econômica que o presidente arriscou fazer incluiu um novo inimigo: o próprio governo. Ou mais especificamente, seu braço arrecadador, a Receita Federal. Bolsonaro disse ter ficado surpreendido com as reclamações de empresários à burocracia imposta pelo fisco.

— Como a Receita atrapalha em algumas áreas o desenvolvimento do Brasil. É coisa terrível a burocracia, terrível — declarou Bolsonaro.
 
Acordo pela metade
 
Nas duas últimas semanas, Executivo e Legislativo pareciam se digladiar sobre quem deve ditar as regras do orçamento da União. Armou-se uma tentativa de derrubar vetos do presidente da República. Mas foi feito um acordo entre as partes.

O Congresso manteve os vetos do presidente para limitar o poder dos parlamentares sobre a execução dos recursos dos ministérios, e o Executivo concordou em mandar três projetos definindo uma fatia do orçamento ainda sob ingerência de parlamentares. Só não está claro se o acordo encerrou o assunto.

 
Carta não tão branca assim

Regina Duarte tomou posse na Secretaria Especial de Cultura esta semana. No discurso, a atriz lembrou ao presidente da República que foi convidada para o cargo com a promessa de ter carta branca para indicar nomes da equipe. Na mesma solenidade, o presidente Jair Bolsonaro avisou: ele tem poder de veto.
 
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