POLITICANDO: Bolsonaro e a teoria dos anticorpos brasileiros
E mais: Os filhos junto à mesa
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BRASÍLIA, 27 DE março de 2020
A resistência ao vírus que nos cerca
POR francisco leali coordenador na SUCURSAL DE BRASÍLIA
Olá.
A crise provocada pelo novo coronavírus tem o tamanho do planeta. Por aqui ela atinge o país em meio aos anúncios do presidente Jair Bolsonaro apontando para a direção que o Ministério da Saúde ainda não ousou indicar: a volta ao trabalho como remédio para aplacar os danos econômicos do problema sanitário.
Em menos de uma semana, o presidente fez cadeia nacional de rádio e TV lançando a ideia da retomada das atividades; e propôs a aplicação do isolamento vertical (aquele apenas para idosos e pessoas em situação de risco), avisando que antes ia consultar seu ministro da Saúde. A resposta de Luiz Mandetta e dos técnicos da saúde à ideia presidencial ainda não foi dada formalmente. Mesmo assim, Bolsonaro pagou para ver: está na rua a campanha publicitária oficial com slogan "o Brasil não pode parar".
O presidente avisa que, nos estados onde governantes locais determinaram o fecha tudo, quem vai ter que pagar a conta ou indenizar as empresas são essas autoridades. O mesmo tom de enfrentamento foi exposto na videoconferência realizada entre Bolsonaro governadores da região Sudeste.
Cercado por assessores e ministros, Bolsonaro esbravejou para uma tela em que aparecia o governador de São Paulo, João Doria. Deixou claro qual sua maior irritação: vê em todos os atos de Doria o foco na corrida eleitoral de 2022. O presidente saiu da reunião como o único que perdeu a têmpera.
Nas reuniões com ministros para decidir os rumos das ações governamentais no combate ao coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro tem se valido da companhia dos filhos. O senador Flávio Bolsonaro já compareceu. O vereador Carlos passou a bater ponto no Planalto. A presença desse último ali tem sido indicada como explicação para o discurso cada vez mais inflamado do pai.
A volta às aulas
O Ministério da Saúde anda evitando se opor à ideia do presidente Jair Bolsonaro de incentivar a volta às aulas. Enquanto o chefe do Executivo recomenda a medida, técnicos da saúde lembram apenas que uma sala com 35 alunos pode ser considerada uma aglomeração, o que não é recomendável em tempos de pandemia.
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