EM QUARENTENA: Mandetta contraria Bolsonaro, que age para reduzir protagonismo do ministro

E mais: crise na Europa e nos EUA, vírus na África, quarentena com o ex

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30 de MARÇO de 2020 Olá, boa noite. Confira as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus. Boa leitura! Ministro da Saúde recomenda restrições, ao contrário de Bolsonaro; país chega a 159 mortes Ao anunciar que o Brasil tem 159 mortes e 4.579 casos do novo coronavírus, o governo adotou nova estratégia de comunicação que retira o protagonismo do ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) no combate à pandemia. Por determinação do presidente Jair Bolsonaro, que é contra as restrições à circulação de pessoas, a equipe do Ministério da Saúde deixará de oferecer entrevistas coletivas. Caberá ao Palácio do Planalto centralizar a comunicação do governo. Hoje, Mandetta contrariou Bolsonaro e pediu à população que siga recomendações dos estados em favor do isolamento social.   Em detalhes: o ministro Braga Netto (Casa Civil) afastou temporariamente a possibilidade de demissão de Mandetta: “Isso aí está fora de cogitação. No momento”. Em seguida, Mandetta comentou: “Em política, quando fala ‘não existe’, a pessoa já fala ‘existe’”. A entrevista no Planalto foi encerrada no momento em que jornalista perguntou sobre o passeio de Bolsonaro no domingo. Aconteceu hoje: em contraponto a Bolsonaro, o Senado divulgou um manifesto em defesa do isolamento no país. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, também defendeu a medida. A Frente Nacional de Prefeitos cobrou explicações sobre a conduta do presidente, que foi às ruas no domingo. Bolsonaro disse saber da responsabilidade que tem e voltou a fazer críticas: “Vamos enfrentar o problema? Ou o problema é o presidente?” Em paralelo: o governo do Rio estendeu por mais 15 dias as restrições já impostas no estado, como a proibição de eventos com aglomerações e o fechamento de atrações turísticas. Em São Paulo, o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, sugeriu que a quarentena pode ser suspensa na próxima semana. Epidemia em números: São Paulo tem 1.451 casos de Covid-19, e o Rio, 600. Dez estados somam mais de 100 contaminações em seu território. A taxa de letalidade do vírus no país aumentou para 3,5%. As notificações mostram que o Brasil teve um crescimento diário de casos semelhante ao da Itália. Veja o mapa do contágio no país . Espanha ultrapassa China em casos de Covid-19; EUA somam 159 mil contágios A Espanha chegou a 85 mil casos de coronavírus, passou a China e se tornou o terceiro país com mais contágios confirmados, atrás dos Estados Unidos, com 159 mil, e a Itália, com 101 mil. Os quatro países concentram mais da metade das mais de 770 mil contaminações notificadas por autoridades de saúde de todo o mundo. No total, já são 37 mil mortes por Covid-19 — epidemiologistas alertam que há subnotificação e a quantidade de casos fatais é maior. Quarentena pelo mundo: cerca de 251 milhões de americanos estão em isolamento, por decisão de autoridades regionais em 30 estados e outros territórios dos Estados Unidos. A Itália ampliou o confinamento de 60 milhões de pessoas até 12 de abril. Ações na economia: autoridades do Uruguai e da Argentina anunciaram medidas de cortes de despesas políticas para financiar o sistema de saúde, e o Paraguai vai discutir a reforma do Estado. Na Hungria, o Parlamento aprovou estado de emergência sem prazo para terminar, o que dá carta branca ao primeiro-ministro Viktor Orbán. NO BRASIL 4.579 CONFIRMADOS 159 MORTOS NO MUNDO 775.306 CONFIRMADOS 37.083 MORTOS Como reconhecer e fugir dos golpes na internet sobre coronavírus Fraudadores aproveitam momentos de comoção mundial para pedir senhas, divulgar links de promoções falsas e confundir os usuários 8 notícias importantes do dia Ações econômicas: o governo incluirá trabalhadores domésticos na medida provisória que autoriza a suspensão temporária dos contratos de trabalho. MP também contemplará microempreendedores. ‘Coronavoucher’: o Senado aprovou o projeto que concede auxílio de R$ 600 mensais a trabalhadores informais durante a pandemia. Cadê o paciente: a prefeitura do Rio não sabe onde moram 10% dos 553 casos confirmados de coronavírus na cidade. Emprego: a prefeitura de São Paulo anunciou repasse de R$ 375 milhões mensais a empresas terceirizadas e concessionárias de ônibus para evitar demissões. Mensagem do Vaticano: o Papa Francisco revelou preocupação com o risco de um “genocídio viral” se os países derem prioridade à economia, e não à saúde da população. Corrida pela cura: o governo dos EUA vai investir US$ 421 milhões para fabricar um bilhão de doses de possível vacina contra o coronavírus, que está em fase de testes. Calendário olímpico: após adiamento, os Jogos de Tóquio foram confirmados para ocorrer entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021. Golpe na arte: uma pintura de Van Gogh de 1884 foi roubada de museu holandês fechado por causa da epidemia de coronavírus. Saiba que remédios tomar se tiver Covid-19 Boatos nas redes sociais e mudanças nas recomendações de autoridades confundem pessoas na hora de seguir com medicamentos “Até Trump entendeu que não se pode mentir o tempo todo” Kathryn Sikkink, professora de Harvard Especialista em Políticas de Direitos Humanos comenta atitudes do presidente dos EUA, analisa o papel do Estado diante da pandemia e o discurso que opõe economia e saúde no combate ao vírus Para ler com calma Estudo: isolamento social leva à recuperação econômica mais rápida Experiência com epidemias vem ajudando a conter o coronavírus na África Continente tem 4.700 infectados, patamar baixo em relação a outras regiões. Especialistas temem aceleração de contágios em bolsões de pobreza Quarentena com o ex: casais separados voltam a morar juntos para não se afastar dos filhos Pais enfrentam desafios de reaproximação, e especialistas recomendam conversa franca para não confundir a cabeça das crianças Guia tira dúvidas sobre sintomas e prevenção Documento reúne informações sobre as formas de contágio e os cuidados necessários. Clique aqui para recebê-lo no WhatsApp (21) 4002-5300 - Capitais e grandes cidades | 0800 021 8433 - Demais localidades Ainda não é assinante do Globo? Ligue 4002-5300 ou acesse ›

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