Aprovado de forma unânime pelo Senado, o projeto que cria o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais vai à sanção do presidente Jair Bolsonaro com demanda por agilidade: a velocidade de entrega do benefício é crucial para mitigar os efeitos da parada brusca na economia e evitar disseminação do coronavírus, afirmam economistas. Logo após a votação, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pediram celeridade ao presidente. Hoje, o Senado pode votar novo texto que amplia a concessão do auxílio para mais categorias, como motoristas de táxi e pescadores artesanais.
O que foi aprovado: parlamentares deixaram claro que o benefício, batizado de “coronavoucher”, também vale para trabalhadores intermitentes e tornaram automática a migração dos beneficiários do Bolsa Família para o novo auxílio emergencial, nas situações em que for mais vantajoso. Veja quem pode se candidatar para receber o auxílio.
O governo ainda precisa esclarecer quando o benefício começará a ser pago, o que será preciso apresentar para receber o recurso e outras questões. Veja perguntas ainda sem respostas.
O que acontece no mundo:o governo dos Estados Unidos vai pagar US$ 1.200 (e U$ 500 adicionais, por criança) aos cidadãos com renda anual de até US$ 75 mil. Os recursos serão transferidos para as contas bancárias pela Receita Federal do país em até três semanas ou um cheque será enviado pelo correio. No Reino Unido, a ajuda será de 50 bilhões de libras, que deve cobrir até 80% dos salários, no valor de até 2.500 libras mensais.
O número de pessoas hospitalizadas no Brasil com síndromes respiratórias graves dobrou nos três primeiros meses de 2020 , mas apenas 4% desses casos já foram confirmados como Covid-19. A falta de exames para o novo coronavírus e a demora na entrega dos resultados afetam o diagnóstico. O ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) reconheceu que o problema pode estar mascarando contabilidade dos casos no país. Ontem, segundo Mandetta, o país recebeu 500 mil testes, que deverão ser usados em profissionais de saúde.
Em foco: assim como outros países, o Brasil deve enfrentar o adoecimento do pessoal da saúde. O País tem 20% dos médicos em grupo de risco por terem mais de 60 anos — um a cada cinco profissionais. Eles se queixam da falta de equipamentos de proteção.
Em paralelo: estados e municípios têm agido por conta própria para driblar a dificuldade do governo federal de entregar testes. O Estado do Rio espera receber amanhã 400 mil kits de uma compra de 1,2 milhão. Niterói aposta em iniciativa pioneira no país: testagem em massa de 80 mil moradores em suas casas.
Coisa alguma exemplifica melhor a mentalidade bolsonarista do que, num momento de crise, o presidente fabricar uma oposição dentro do próprio gabinete de crise
Cantora, que viveu hostilidade e solidariedade por causa do vírus, alerta: ‘O psicológico pode ser fatal. Conhece alguém contaminado? Demonstre carinho’
Nenhum comentário:
Postar um comentário