segunda-feira, 30 de março de 2020

O ESSENCIAL: Bolsonaro desautoriza Mandetta, ignora isolamento e vai às ruas

E mais: Trump, quarentena global, leitos de UTI
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RIO, 30 DE MARÇO de 2020
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Um dia depois de o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) recomendar medidas para restringir a circulação de pessoas no país, o presidente Jair Bolsonaro visitou ontem comerciantes no Distrito Federal . Durante a caminhada, ele transgrediu recomendações ao cumprimentar apoiadores e causou aglomerações para fotografias. Também voltou a defender o “isolamento vertical” apenas para idosos, a minimizar a pandemia e a propagar supostas verdades, não confirmadas, sobre o uso da hidroxicloroquina contra o vírus: “Deus é brasileiro, a cura tá aí”. Bolsonaro chegou a dizer que cogita decreto liberando toda a população para voltar ao trabalho.

Repercussão: o Twitter excluiu dois vídeos que Bolsonaro havia publicado da agenda de rua por serem “contra informações de saúde pública”

Bastidores: no sábado, em reunião com autoridades do governo e do Judiciário, Bolsonaro foi alertado de que, se tentar flexibilizar as regras de isolamento social, enfrentará uma difícil batalha na Justiça.

Analítico: Bolsonaro desautoriza Mandetta e confunde a população, afirma Miguel Caballero. “O tour presidencial fará recrudescer especulações sobre uma demissão do ministro”.

Outro olhar: especialistas em saúde coletiva e epidemiologia afirmaram que Bolsonaro fez “tudo que não deve ser feito” e que passou uma mensagem “deseducadora” à população.
 
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou nova postura em relação à pandemia do coronavírus ao informar que vai ampliar até 30 de abril as recomendações de segurança, que incluem o distanciamento social. O país, que hoje têm 142 mil infectados e mais de 2.400 mortes, pode atingir patamar entre 100 mil e 200 mil casos fatais, segundo previsão do epidemiologista da Casa Branca, Anthony Fauci.

Em detalhes: o epidemiologista dirige o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA. Novo no governo, ele é o mais firme defensor de medidas de emergência contra o coronavírus. Por conta de suas posições, virou alvo de perfis de extrema-direita nas redes sociais.

Isolamento global: mais de 3,38 bilhões de pessoas em 78 países estão confinadas em suas casas. Contingente representa 43% da população mundial. Moscou, com 12 milhões, inicia quarentena hoje.
 
Dezessete estados brasileiros têm mais de 70% dos seus leitos de UTI ocupados, segundo mapeamento feito pelo Ministério da Saúde. No país, a ocupação é de 78%. A pasta avalia necessária a criação de 1,6 mil leitos de UTI e 22 mil leitos de enfermaria nos próximos 30 dias, período considerado a primeira etapa de enfrentamento à Covid-19.

O que está sendo feito: o BNDES vai ofertar uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para a ampliação de leitos emergenciais e a compra de equipamentos médicos e hospitalares. Os recursos podem expandir em mais de 15 mil o número de respiradores sobe gestão do SUS, avalia o presidente do banco, Gustavo Montezano. Isso equivale a 50% da demanda total prevista para os próximos seis meses.

Pandemia em números: o Brasil contabiliza 136 mortes e 4.256 contágios pelo novo coronavírus. Todos os 27 estados registram pacientes contaminados, e 13 têm vítimas fatais. São Paulo permanece com o maior número de casos confirmados e óbitos do país, 1.451 diagnósticos positivos e 98 mortes — o estado registrou a morte de dois jovens, com 26 e 33 anos, nas últimas 24 horas.
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Aval supremo: Alexandre de Moraes, do STF, autorizou o governo federal a usar recursos extras contra o coronavírus, mesmo sem indicar a fonte da receita. Planalto esperava decisão para editar MP que autoriza suspensão do contrato de trabalho.
Infectado: o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), foi internado em UTI por agravamento da Covid-19.
Preso no Pacífico: o navio holandês em que quatro pessoas morreram e dois passageiros têm Covid-19 informou que há quatro brasileiros a bordo.
Aeronaves em solo: a Latam suspendeu voos internacionais até o fim de abril. Três linhas que partem de São Paulo ficarão de fora da medida.
Resgate: o Itamaraty realiza hoje o primeiro voo humanitário para buscar brasileiros no exterior. Grupo com 159 pessoas deixará o Equador.
Abrigo: o Sambódromo começa a receber hoje pessoas em situação de rua para evitar propagação do coronavírus. Prefeitura oferece 400 vagas.
O que será do amanhã: dirigentes esportivos e atletas brasileiros temem queda de investimentos até Jogos de Tóquio, adiados para 2021.
Steven Levitsky, professor de Harvard
O editor-assistente Leonardo Cazes e o colunista Carlos Andreazza analisam o impacto das notícias falsas e seu uso político durante a pandemia
No início do século XX, a capital da República parou com a velocidade das mortes provocadas pela Gripe Espanhola. A classe média tremia entre a doença e o caos social. Multiplicavam-se inimigos declarados da medicina oficial
Instigados pela crise, artistas compõem, retomam parcerias, criam paródias e comentam o momento, à espera do dia em que todos possam voltar às ruas
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