sexta-feira, 27 de março de 2020

O ESSENCIAL: Câmara aprova ajuda de R$ 600 para trabalhadores informais

E mais: ações de outros países, pacote no Rio, casos subestimados, futuro pós-pandemia
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RIO, 27 DE MARÇO de 2020
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A Câmara dos Deputados aprovou ajuda de R$ 600, por três meses, para trabalhadores informais que estão sem renda em razão da crise do coronavírus. Batizado de “coronavoucher”, o benefício é a primeira medida de grande alcance que avança desde o início da crise, nove dias após o pacote anunciado pelo governo, que relutava em abrir os cofres públicos para combater os efeitos da pandemia. O texto ainda será analisado pelo Senado.

Entenda: o recurso é considerado essencial em um momento de crise e pode beneficiar mais de 24 milhões de pessoas. O país tem 42 milhões de trabalhadores por conta própria e sem carteira. O benefício poderá ser pago a até duas pessoas de uma mesma família, com renda de até três salários mínimos.

Bastidores: o governo revisou sua proposta, inicialmente de R$ 200, por pressão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e de parlamentares do Centrão. Os deputados também inseriram no texto o auxílio emergencial de R$ 1.200 para mulheres chefes de família.
 
Os vinte países mais afetados pelo coronavírus até agora mantêm em vigor medidas rigorosas de isolamento social — inclusive o Brasil, ainda que por ordem dos governos estaduais. Nações que se opuseram inicialmente ao isolamento, como Itália e Espanha, reviram sua posição após a contagem de mortos disparar. Em paralelo, economias austeras, como a da Alemanha, aumentaram gastos para aplicar medidas econômicas intervencionistas e de auxílio a populações vulneráveis.

Como está o Brasil: o país se aproxima dos Estados Unidos, nação com maior número de infectados no mundo, no fato de que a quarentena foi imposta por estados e municípios. A Casa Branca “recomendou” um isolamento, enquanto o governo de Jair Bolsonaro procurou derrubar a iniciativa. Na área econômica, no entanto, os EUA aprovaram abrangente pacote de proteção social e resgate econômico.

O que foi dito: “O brasileiro não pega nada, mergulha em esgoto e não acontece nada com ele”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro, ao ser questionado se a pandemia causará no Brasil danos na mesma magnitude da que ocorre nos EUA.
 
O governo do Rio elaborou pacote com 30 ações para amenizar o impacto da crise no orçamento, estimado em R$ 10 bilhões. A maior parte dessas propostas, que representariam um alívio de até R$ 27 bilhões, no entanto, depende do governo federal ou do Congresso Nacional. Ontem, o governador Wilson Witzel cobrou ajuda da União.

O que se sabe: na lista de medidas, estão propostos a suspensão do pagamento antecipado do 13º de servidores, o atraso do pagamento de financiamento do Banco BNP Paribas e a antecipação de R$ 2,5 bilhões em royalties.

Em paralelo: cerca de 650 mil pessoas vivem em situação de extrema pobreza no Estado do Rio e aguardam saírem do papel as medidas anunciadas pelo governo. Enquanto isso, dependem de uma rede de solidariedade que avança na cidade, com distribuição de alimentos e produtos de higiene.
É Darwinismo Social o que o presidente defende para o Brasil no enfrentamento à pandemia do coronavírus. Priorizar a engrenagem econômica é evidência de desumanidade. O luto é improdutivo
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Número real: a incidência da Covid-19 no país é subestimada, segundo a Universidade de Oxford. O país estaria detectando de 8% a 18% dos casos.
Entrevista: se não houver isolamento, a economia pode sofrer um segundo baque, afirma o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.
Efeitos colaterais: os filhos de Bolsonaro aumentaram influência no Planalto. Carlos Bolsonaro participou de agenda oficial cinco vezes nesta semana.
De volta à casa: Eduardo Cunha  e Dario Messer, o “doleiro dos doleiros”, vão para prisão domiciliar enquanto durar a pandemia.
Em negociação: com aulas suspensas, pais e escolas particulares renegociam mensalidades. Instituições já oferecem descontos de até 15%.
Futebol pós-crise: para não perder receitas, clubes brasileiros estão dispostos a uma “overdose” de jogos quando o calendário for retomado.
Sem precedentes: os EUA acusaram governo da Venezuela de terrorismo e narcotráfico e oferecerem US$ 15 milhões por colaboração na captura de Nicolás Maduro.
Margareth Dalcolmo, pneumologista da Fiocruz
Miriam Leitão analisa a reação do governo ao coronavírus, e a repórter Geralda Doca conta os bastidores do que está sendo discutido pela equipe econômica
Filósofo diz, em artigo, que a crise é tripla e desintegra as coordenadas básicas da vida de milhões de pessoas: ‘A transformação vai afetar tudo’
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