Bom dia!
Desde a vitória de Donald Trump para um segundo mandato à frente da Casa Branca, criptomoedas em geral viveram um momento de euforia. Tratava-se de uma aposta na plena liberalização do mercado para os ativos digitais.
E isso foi fomentado pelo próprio presidente americano, que lançou sua própria memecoin antes de tomar posse — sem falar no movimento de incorporação de Elon Musk no governo, um entusiasta e promotor de criptos altamente especulativas.
Nesta terça, o mercado vive um revés: o Bitcoin, a cripto fundadora desse segmento, cai mais de 7% e era negociado abaixo dos US$ 90 mil no começo desta manhã. Por volta das 7h10, era cotado a US$ 88.293. A queda acumulada desde o pico, em 18 de dezembro, quando chegou a valer mais de US$ 106 mil, é de 16%.
Existem teorias diversas para explicar o recuo. Uma delas diz que a baixa das criptomoedas segue a tendência dos demais ativos de risco, como ações, refletindo o ceticismo do mercado financeiro com a guerra comercial de Donald Trump. Com o aumento das tarifas de importação, a inflação tende a subir, mantendo os juros elevados nos EUA. Uma clássica explicação macroeconômica.
Acontece que o S&P 500, por exemplo, bateu sua máxima histórica na semana passada, e de lá recua modestos 2,52%.
Outra suspeita parece mais razoável. As criptos têm enfrentado uma nova crise de confiança. Um ataque hacker contra a corretora Bybit que causou um prejuízo estimado em pelo menos US$ 1,46 bilhão, nesse que é considerado pela comunidade cripto o maior ataque hacker da história.
Mas não é só isso, claro. O fato de Javier Milei ter divulgado uma memecoin que gerou prejuízos milionários de forma fulminante a compradores também elevou o grau de incerteza neste universo.
No mercado de ações, os futuros americanos amanhecem em queda nesta terça-feira, enquanto as bolsas europeias avançam. O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, mostra nova tendência de baixa para a bolsa local. A agenda internacional é fraca.
Aqui, investidores acompanham a divulgação do IPCA-15, após nova rodada de aumento do pessimismo com a inflação do ano. Bons negócios.
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