Bom dia!
O mercado financeiro tem um dia longo e de muita ansiedade pela frente, já que as duas grandes notícias são esperadas para o fim do dia. A primeira é a ata da última reunião do Fed, em que investidores vão buscar indicativos mais claros da posição do BC americano sobre o momento ideal para começar a cortar os juros por lá.
O documento sai às 16h, e aí o mercado financeiro tem duas horas para recalcular suas apostas, isso até que as bolsas fechem.
Surpreendentemente, não é o fato mais importante desta quarta. O mais bombástico será o balanço da Nvidia, a empresa-líder na corrida pela inteligência artificial na bolsa.
Os papéis da companhia sobem 40% apenas neste começo de ano, uma disparada que garantiu a ultrapassagem da Amazon no raking mais maiores empresas do mundo. Em 12 meses, a subida é de impressionantes 184%, o que levou o valor de mercado da Nvidia a alcançar US$ 1,71 trilhão.
Analistas de mercado projetam que a receita da companhia será de US$ 20,4 bilhões no quarto trimestre, o que é praticamente todo o valor que a empresa faturou somando todo o ano de 2022. O crescimento no trimestre é estimado em mais de 200%.
Um levantamento da Bloomberg mostra que as apostas nos papéis da empresa pós-balanço, via contratos de opções, sugerem uma alta de 10,6% nas ações no pregão de amanhã, quando os negócios forem feitos baseados nos números oficiais da companhia. Se confirmado, ela ganhará US$ 180 bilhões em valor de mercado e um único dia.
Trata-se de um movimento capaz de monopolizar o humor das bolsas como um um todo, mesmo quando se fala de um mercado grande como Nova York. Para o bem e para o mal, claro. Quando as apostas estão extremamente elevadas, investidores têm mais chances de decepção. E algumas vezes isso acontece mesmo quando a empresa entrega resultados surpreendentes.
Não à toa, nesta manhã a Nvidia amanhece no pré-mercado em queda de 1,45%. É o mesmo sinal dos futuros em Nova York.
O EWZ também amanhece em baixa, influenciado tanto pelo mercado americano quanto por um novo tombo no minério de ferro, que voltou a ser o símbolo da desaceleração econômica da China. As bolsas de lá fecharam em alta. É um sinal mais uma vez negativo para o começo do dia, ainda que a agenda fraca possa levar a Faria Lima a seguir o embalo de NY.
No Brasil, o noticiário é predominantemente político, com reuniões do presidente Lula com Estado dos EUA, Antony Blinken, e com o ministro Haddad.
Bons negócios.
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