A repórter Adriana Negreiros viveu quase cinco anos no norte de Portugal. Seu marido, Lira Neto, é escritor e precisava fazer pesquisas para um livro. O trabalho iria levar anos, então a família resolveu ir junto. Foram no fim de 2018 e só voltaram no começo de 2023. Levaram as duas filhas em idade escolar, a cachorra, o gato, mala e cuia. Não foram os únicos. Cerca de 300 mil brasileiros seguiram trajetória semelhante nos últimos tempos. Não por coincidência, a xenofobia contra os "brazucas" - como alguns portugueses se referem, de maneira depreciativa, aos brasileiros - cresceu nos anos recentes. Algumas das vítimas mais vulneráveis dessas demonstrações de preconceito são crianças e adolescentes brasileiros que passaram a frequentar as escolas portuguesas. Há muitos casos de agressão verbal, e não poucos de agressão física pelos colegas lusos. Também alguns professores, ou "stores" (contração de "senhor" + "doutor"), dedicam tratamento "diferenciado" aos alunos que falam a versão abrasileirada do idioma português: reprimendas verbais constantes e, por vezes, puxões de cabelo. Adriana Negreiros nos conta neste episódio do podcast UOL Prime alguns casos dramáticos de xenofobia contra alunos brasileiros em Portugal. E explica como as diferenças culturais e a onda migratória acentuaram o problema. Ouça já. Assine o podcast UOL Prime. Toda semana eu converso com os melhores repórteres sobre as melhores reportagens do UOL. É grátis. O podcast UOL Prime é publicado às quintas-feiras no YouTube do UOL Prime, Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music, Deezer e em todas as plataformas de podcast. |
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