Bom dia!
O tombo foi pesado: na noite de ontem, a Vale anunciou que lucrou 52% menos em 2023, na comparação com o ano anterior. Foram 7,98 bilhões de dólares, ante 16,7 bilhões de dólares um ano antes.
A queda foi causada não porque o negócio da companhia tenha piorado substancialmente, mas sim porque houve um aumento nas reservas que a Vale fez para cobrir futuras indenizações ligadas ao rompimento da barragem de Mariana. Da diferença, 4,4 bilhões de dólares foram para a provisões relacionadas ao episódio.
A receita líquida da companhia recuou 4,6%, consequência da queda nos preços das commodities. O minério recua no mercado internacional com sinais de que a economia chinesa está em desaceleração – e construindo menos prédios.
Apesar dos resultados negativos, as ações da Vale começam esta sexta-feira em alta de 0,52% no pré-mercado em Nova York. Um dos motivos é a aprovação do pagamento de dividendos ainda em março. O total distribuído aos acionistas será de 11,72 bilhões de reais, equivalente a 2,73 reais por ação nessa rodada, o que equivale a um dividend yield de 4,05%.
A outra notícia positica para a companhia é que o minério de ferro fez uma pausa na sequência de quedas e registrou leve alta de Dalian.
Aqui é importante colocar a ação da companhia em perspectiva: a tendência de alta nem de perto apaga o tombo de quase 13% acumulado apenas neste começo de 2024.
Além disso, não está claro o quanto isso poderá ajudar o Ibovespa após seis pregões de alta, ainda mais em um dia de agenda fraca. É que após o strike de recordes nas bolsas globais, impulsionadas pela Nvidia, investidores começam a sexta com cautela, com leves desvios ao redor da estabilidade. O EWZ, o ETF da bolsa brasileira em Nova York, vai na mesma toada: +0,03%.
Bons negócios.
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